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    FUP: alta dos combustíveis evidencia necessidade de acelerar aumento da produção e a autossuficiência

    Entidade dos petroleiros afirmou que o aumento da capacidade de refino está contemplado no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo presidente Lula

    FUP e combustíveis (Foto: Reprodução | Reuters)

    247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que o reajuste de 16,3% no preço da gasolina e de 25,8% no diesel, anunciado nesta terça-feira (15) pela Petrobrás, evidencia a "necessidade urgente" de acelerar o processo de autossuficiência no refino de derivados de petróleo, reduzindo, ou até mesmo eliminando, importações no médio e longo prazos.

    A demanda interna do Brasil é de 2,4 milhões de barris/dia de derivados de petróleo. Segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), o nível das importações de gasolina oscila bastante de mês a mês, girando de 5% a 15% do consumo, na maior parte dos meses. No mês de junho, último dado da Agência Nacional do Petróleo (ANP), ficou em 11%. No caso do diesel, o nível varia entre 20% e 30% do consumo interno; em junho, ficou em 20%. No caso do GLP, o gás de cozinha, as importações respondem por cerca de 20% do consumo, em média.

    “Com a autossuficiência, custos de importação deixarão de existir e não mais influenciarão na formação dos preços no mercado nacional, contribuindo para abrasileirar os preços domésticos. As obras precisam ser aceleradas para que a autossuficiência chegue mais rápido”, diz o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, lembrando que as refinarias da Petrobrás operam hoje com cerca de 93% de Fator de Utilização, bem acima da média de 65% praticada no governo passado, quando as importações de combustíveis foram elevadas.

    O aumento da capacidade de refino está contemplado no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado pelo presidente Lula no último dia 11 de agosto, com a expansão de refinarias existentes e o término do trem 2 da refinaria Abreu e Lima (Rnest) em Pernambuco. Também o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) está no novo programa, e, segundo Bacelar, não deve ser apenas uma unidade de processamento de gás natural e de lubrificantes; tem que ter também uma unidade de destilação de petróleo. E havendo ainda necessidade, o Brasil deve investir na construção de uma nova refinaria, uma refinaria moderna, do futuro, à base de óleo vegetal.

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