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    FUP lamenta mais uma morte causada pela atual política de preços dos combustíveis

    Coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar diz que o preço do gás de cozinha está "atingindo a população de forma dramática"

    Deyvid Bacelar (Foto: Reuters | Reprodução/Facebook)
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    247 - O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, criticou a política de preços da Petrobrás ao lembrar a morte de Angélica Rodrigues, 26 anos, vítima de graves queimaduras causadas por álcool enquanto cozinhava, em São Vicente (SP). Ela não tinha dinheiro para pagar um gás de cozinha, que tem uma média de preço superior a R$ 100 em nível nacional. Desde a implantação do Preço de Paridade de Importação (PPI) no governo Temer, em outubro de 2016, o gás de cozinha subiu 349,3%, denunciou a FUP.

    "Os reajustes que a gestão da Petrobrás vem aplicando não apenas no gás de cozinha, mas também no óleo diesel e na gasolina, estão atingindo a população de forma dramática. Mais uma vez, por causa da política de preços da Petrobrás, uma pessoa morre ao utilizar álcool para cozinhar", disse.

    A vítima faleceu após ter 85% do seu corpo atingido enquanto usava o etanol no lugar do botijão de gás para preparar a sua comida.

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    "Já tivemos muitos outros casos de acidentes causados pelo mesmo motivo foram noticiados porque as pessoas não conseguem pagar R$ 115 em média por um botijão de gás de 13 kg", afirmou Bacelar.

    Para o dirigente, essas mortes podem ser evitadas, bastando que a atual gestão da estatal pare de usar somente a cotação do petróleo e do dólar e passe a considerar também os custos nacionais de produção. "Só assim os combustíveis e GLP serão comercializados a um preço acessível para o povo", comenta ele. 

    Além do alto custo do GLP, o preço dos combustíveis no Brasil é uma das principais fontes de pressão inflacionária. Os aumentos nas refinarias repercutem nos postos de revenda, ou seja, no bolso do consumidor final. De janeiro de 2019 até hoje, a gasolina subiu 155,8%, o diesel 143,2% e o gás de cozinha, 132,2%, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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