Galípolo vê risco de inflação maior e diz que diretores do BC farão tudo para buscar meta
Ele ainda declarou fazer parte do grupo de diretores do BC que vê o balanço de risco para a inflação à frente assimétrico
BRASÍLIA (Reuters) - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira achar curioso questionamentos de que diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poderiam votar por uma elevação nos juros, enfatizando que toda a diretoria está disposta a fazer o que for necessário para perseguir a meta de inflação.
Em evento promovido pela Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito, Galípolo ainda declarou fazer parte do grupo de diretores do BC que vê o balanço de risco para a inflação à frente assimétrico, com pressão de alta.
"Ele é assimétrico não só porque temos mais itens de risco para alta de inflação, três (fatores de alta) contra dois de risco de baixa, mas também por tudo que tem sido comunicado pelos integrantes do Copom e tudo que tem sido feito pelo Copom", disse, citando preocupações da autarquia com mercado de trabalho apertado e cenário externo incerto.
Em sua opinião, o cenário atual é "desconfortável" para o objetivo da autoridade monetária de alcançar a meta de inflação de 3%.
Galípolo destacou que a projeção do IPCA até o primeiro trimestre de 2026, de 3,2%, é claramente tratada pelo Copom como acima da meta.
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