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    Gleisi rebate secretário da Fazenda sobre autonomia do BC e sucessão de Campos Neto

    "Não há que falar em arroubo político [na decisão de indicar novo presidente], muito menos fantasiar que a gestão 'independente' foi 'técnica'", afirmou

    Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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    247 - A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira para defender a prerrogativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de indicar o próximo presidente do BC, sublinhando que tal decisão é um direito conquistado pelo voto popular.

    Gleisi criticou a gestão de Roberto Campos Neto à frente do BC, a quem acusou de sabotagem em favor de interesses bolsonaristas. "Foi o voto popular que conferiu ao presidente Lula a prerrogativa de indicar o próximo presidente do BC. Não há que falar em arroubo político nessa decisão, muito menos fantasiar que a gestão do BC 'independente' foi 'técnica'. Foram dois anos de sabotagem do bolsonarista Campos Neto, a serviço de quem o colocou lá (e agora terá de responder à Comissão de Ética da PR por seus negócios)", escreveu a parlamentar.

    "Essa política errada já custou muito ao país, mas custe o que custar vamos continuar defendendo o salário-mínimo dos aposentados, com ganho real, e os pisos que garantem os investimentos em saúde e educação indispensáveis ao país e ao povo", acrescentou a presidente nacional do PT.

    As declarações de Gleisi surgem em resposta ao apoio do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, à autonomia do Banco Central, expressado em um evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na última terça-feira (6). Durigan, que representou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que "o processo de transição da autoridade monetária deve ser conduzido com responsabilidade e sem arroubos políticos". Para ele, a autonomia do BC é fundamental para garantir que as decisões da autoridade monetária sejam guiadas por supostos critérios técnicos, sem interferência política.

    Entretanto, a defesa da autonomia do Banco Central por parte de Durigan contrasta com a posição crítica que Lula tem adotado desde o início de seu mandato. A independência da instituição, estabelecida durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), tem sido alvo de questionamentos pelo atual governo, que alega que tal autonomia serve aos interesses do mercado em detrimento do povo brasileiro.

    A indicação do substituto de Campos Neto, cujo mandato termina em 31 de dezembro, ainda não foi oficializada pelo presidente Lula. Contudo, nos bastidores, cresce a especulação de que Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do BC e ex-secretário-executivo da Fazenda, é o nome favorito do governo para assumir a presidência da instituição. Galípolo, que já foi aceito pelo mercado e por senadores de oposição, é visto como o provável sucessor de Campos Neto.

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