Gleisi convoca mobilização nacional contra Campos Neto e os juros altos
Jornada nacional contra a política do presidente do BC começa nesta sexta-feira (16). "Todos os indicadores econômicos provam que a taxa de juros já deveria ter caído", diz Geisi
247 - A deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, convocou a população brasileira para uma mobilização em defesa da redução da taxa básica de juros, a Selic, que atualmente se mantém em 13,75%, sendo a maior taxa de juros real do mundo.
Em vídeo nas redes sociais, Gleisi destacou que o país já está percebendo o esforço do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na melhoria da qualidade de vida das pessoas. A presidente do PT mencionou a redução nos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, por conta da mudança na política de preços da Petrobrás, e destacou também que os preços dos alimentos pararam de subir.
"A roda da economia tem tudo para voltar a girar e o país voltar a crescer. Mas para isso, é necessário mudar a política de juros, absurdamente altos, uma verdadeira trava para o investimento e o crédito para pessoas e empresas", afiormou Gleisi Hoffmann no vídeo.
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"A maior taxa de juros reais do planeta foi imposta ao país pela diretoria do Banco Central, indicada por Bolsonaro, e que só vai sair no ano que vem. Todos os indicadores econômicos provam que a taxa de juros já deveria ter caído há muitos meses. A inflação está diminuindo, e o dólar também. Mas o Banco Central bolsonarista insiste em manter a taxa nas alturas sabotando o Brasil", acrescentou.
Segundo Gleisi, é para mudar esta situação que o PT está convocando a sociedade brasileira para um movimento amplo contra os juros altos. "Junto com as centrais sindicais e movimentos sociais, iniciaremos no dia 16 de junho uma jornada nacional contra os juros altos e a política do presidente do Banco Central", afirmou.
A jornada irá até o dia 2 de julho. Nesta sexta-feira (16), haverá uma mobilização com caminhadas e entrega de folhetos em várias cidades do país.
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Leia também matéria da agência Reuters sobre a nota de crédito do Brasil
S&P eleva perspectiva do Brasil para "positiva" e reafirma nota de crédito
(Reuters) - A agência de classificação de risco S&P elevou nesta quarta-feira a perspectiva para a nota de crédito do Brasil de "estável" para "positiva", e reafirmou o rating "BB-".
Trata-se da primeira melhora de perspectiva da nota de crédito do Brasil por uma das três principais agências de classificação de risco globais desde o início do novo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
A agência disse, em relatório, que a mudança reflete sinais de maior certeza sobre políticas fiscal e monetária estáveis, que podem beneficiar as perspectivas de crescimento econômico do país, atualmente baixas.
Além disso, a S&P afirmou que, apesar de ainda elevados déficits fiscais, o crescimento contínuo do Produto Interno Bruto (PIB) somado ao arcabouço fiscal proposto podem resultar em um aumento menor da dívida do governo do que o inicialmente esperado. Para a agência, esse fator pode dar suporte à flexibilização monetária e sustentar a posição externa líquida.
"Tais desenvolvimentos reforçariam nossa visão da resiliência da estrutura institucional do Brasil, com estabilidade na formulação de políticas baseada em amplos freios e contrapesos entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do governo", disse a S&P.
A agência, como de costume, também citou os cenários que poderiam levar a uma elevação na nota de crédito, ou a um rebaixamento.
Do lado negativo, poderia levar a um corte na nota de crédito a inadequada estrutura de políticas econômicas ou uma implementação deficiente que resulte em crescimento econômico limitado, e, consequentemente, em uma deterioração fiscal ainda maior e endividamento acima do esperado.
Já do lado positivo, a S&P citou que uma elevação de rating pode acontecer caso as instituições governamentais sejam capazes de implementar uma política econômica pragmática que contenha as vulnerabilidades das finanças públicas e crie uma base para um maior crescimento econômico. "Essencial para isso seria a aprovação de reformas adicionais -- entre elas uma reforma tributária atualmente em debate", disse a agência.
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