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    Gleisi volta a condenar juros altos e diz que presidente do Banco Central 'quer uma justificativa para boicotar o Brasil'

    Deputada criticou as sinalizações do BC de que o ritmo de redução da Selic poderá ser ainda mais lento

    Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: ABr)

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    247 – A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, fez duras críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em uma entrevista ao podcast Flownews, na sexta-feira (26). Hoffmann acusou Campos Neto de buscar uma desculpa para boicotar o Brasil ao expressar preocupações sobre o possível impacto do crescimento do emprego na inflação do setor de serviços durante um evento.

    Segundo Hoffmann, essa postura é "criminosa" e serve como justificativa para manter a taxa básica de juros (Selic) em níveis elevados, o que prejudica os investimentos das empresas e afeta a população. Ela argumenta que as declarações frequentes do presidente do BC contradizem conquistas importantes para o bem-estar dos brasileiros, como o aumento do emprego e da renda.

    Hoffmann destacou um relatório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado pelo jornal Valor Econômico, que aponta que em 2023 as empresas de capital aberto do país gastaram mais com despesas financeiras, especialmente com pagamento de juros, do que com investimentos em suas atividades.

    Durante a entrevista, Hoffmann enfatizou que os altos níveis da Selic estão desconectados da realidade econômica do país, considerando a estabilidade econômica e a inflação controlada. Ela questionou a necessidade de manter os juros em patamares tão elevados, quando a meta da inflação é baixa e está sendo cumprida.

    Além disso, a deputada criticou as sinalizações do BC de que o ritmo de redução da Selic poderá ser ainda mais lento, considerando que isso prejudicaria os esforços para impulsionar a economia e o emprego no país.

    Em relação aos avanços verificados durante o governo Lula, Hoffmann defendeu o fortalecimento dos investimentos públicos como forma de alavancar o desenvolvimento. Ela destacou a reconstrução e fortalecimento de várias políticas públicas em apenas 14 meses de governo, ressaltando que os impactos positivos dessas ações serão percebidos em breve pela população.

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