Governo federal comprará 500 mil toneladas de alimentos no primeiro semestre, anuncia Paulo Teixeira

247 – O Governo Federal prevê adquirir cerca de 500 mil toneladas de alimentos no primeiro semestre de 2025, como parte de uma estratégia de formação de estoques públicos e regulação de preços. A informação foi dada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, durante entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta quarta-feira (26).

Segundo o ministro, a iniciativa envolverá a compra de arroz, milho e feijão, com foco nos produtos cultivados pela agricultura familiar. “Vamos comprar arroz, milho e outros produtos na medida em que os preços estiverem baixos. Não vamos comprar na alta. Queremos favorecer o povo brasileiro e também garantir que o agricultor não venda abaixo do custo de produção”, explicou Teixeira, ao detalhar o funcionamento do plano.

A matéria original foi publicada pela Agência Gov, e destaca que o governo já abriu um crédito extraordinário para a aquisição direta de arroz. Além disso, grande parte das compras será feita por meio de contratos de opção de venda, instrumento que oferece ao produtor rural o direito — mas não a obrigação — de vender sua produção ao governo, por um valor fixado previamente.

Esse modelo funciona como um seguro de preços, dando segurança ao agricultor e fomentando a produção destinada ao mercado interno. “Com esses estoques públicos, conseguiremos agir em momentos de alta dos preços, liberando alimentos para o mercado e segurando o impacto para os consumidores”, acrescentou o ministro.

PAA e doação simultânea

Durante a entrevista, Paulo Teixeira também lembrou que está aberto até o dia 31 de março o prazo para envio de projetos no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS). A submissão deve ser feita via o aplicativo PAANet, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O objetivo do programa é adquirir alimentos de cooperativas e associações da agricultura familiar, para destiná-los à rede de assistência social e a equipamentos públicos de segurança alimentar, como restaurantes populares e cozinhas solidárias. “Queremos garantir que os alimentos produzidos pela agricultura familiar cheguem a quem mais precisa”, disse Teixeira.

A Conab, que nos últimos anos perdeu protagonismo na regulação do mercado agrícola, volta agora a ser peça central nas ações do governo para equilibrar os preços dos alimentos e combater a insegurança alimentar.