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    Governo quer reforma tributária sobre consumo e renda aprovada neste ano, diz Haddad

    Objetivo é aprovar a reforma de tributos sobre o consumo ainda neste semestre, afirmou o ministro: "precisamos reequilibrar o sistema para melhorar a distribuição de renda”

    Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, na Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial 2023 (Foto: World Economic Forum/Sandra Blaser)

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    Reuters - O governo busca aprovar a reforma de tributos que incidem sobre o consumo ainda neste semestre e quer votar a reforma do Imposto de Renda no segundo semestre deste ano, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

    “No segundo semestre, nós queremos votar uma reforma tributária sobre a renda para desonerar as camadas mais pobres do imposto e onerar quem hoje não paga imposto, muita gente no Brasil não paga imposto, precisamos reequilibrar o sistema tributário para melhorar a distribuição de renda”, disse.

    Em painel do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Haddad afirmou que se as receitas e despesas federais voltarem ao nível pré-pandemia, o governo conseguirá zerar o déficit primário em dois anos.

    "Pretendemos voltar despesas e receitas ao mesmo patamar pré-crise da pandemia, que é 18,7% (do PIB). Se nós conseguirmos isso em dois anos, a gente consegue zerar o déficit", afirmou.

    O nível de 18,7% do PIB mencionado pelo ministro, no entanto, refere-se ao nível de receita do governo federal em 2022, segundo dados do Ministério da Fazenda. Em 2019, antes da pandemia, o patamar estava em 18,2% do PIB.

    Na apresentação, Haddad afirmou que a extrema direita se organizou no Brasil, se viabilizou eleitoralmente em períodos recentes e governou por quatro anos, ressaltando que não é confortável para o governo ter agora uma oposição extremista.

    Na avaliação do ministro, porém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma coalizão ampla de forças e conta com uma base de sustentação que, apesar de relativa fragilidade por conta da forma de organização partidária no Brasil, “é robusta o suficiente” para enfrentar os atuais desafios.

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