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      Guedes diz que havia 'cronograma' para derrubar Bolsonaro em 60 dias e recebeu conselho de Doria: 'se salva'

      Ministro da Economia detalha que o plano de derrubada de Jair Bolsonaro teria ocorrido em meio à crise com o STF, agravada após o ex-ministro Abraham Weintraub defender a prisão de ministros da Corte. "Sugeri ao presidente mandar o Weintraub para o Banco Mundial. A partir daí, as coisas se acalmaram entre o governo e o STF", afirma

      Paulo Guedes e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, revelou um plano que previa o impeachment de Jair Bolsonaro. Em entrevista à revista Veja que circula nesta sexta-feira (18), Guedes contou alguns detalhes do episódio, que tinha até o prazo de 60 dias para ser concluído. 

      "Houve, sim, um movimento para desestabilizar o governo. Não é mais ou menos, não. Tinha cronograma. Em sessenta dias iriam fazer o impeachment. Tinha gente da Justiça, tinha o Rodrigo Maia, tinha governadores envolvidos", disse Guedes. 

      O ministro revelou até um suposto telefonema do governador de São Paulo, João Doria. "O Doria ligou para mim e disse assim: 'Paulo, é a chance de salvar a sua biografia. Esse governo não vai durar mais de sessenta dias. Faz um favor? Se salva'”, disse Guedes. 

      O plano de derrubada de Jair Bolsonaro está relacionado à crise instalada com o Supremo Tribunal Federal, após os ataques proferidos pelo ex-ministro da Educação Abraham Weintraub na reunião ministerial de 22 de abril de 2020. Na reunião ministerial, Weintraub afirmou que os ministros do Supremo deveriam estar na cadeia. “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”, disse Weintraub na ocasião.

      Na entrevista à Veja, Paulo Guedes conta que desmontou o plano de impeachment de Bolsonaro, e que a nomeação de Abraham Weintraub para o Banco Mundial foi parte da estratégia

      "Liguei para cada um dos ministros do Supremo para tentar entender o que estava acontecendo. Conseguimos desmontar o conflito ouvindo cada um deles. O ministro Gilmar Mendes, por exemplo, sugeriu que o governo deveria dar um sinal, caso estivesse realmente interessado em pacificar as relações. A demissão do Weintraub foi uma sinalização. Liguei também para o ministro Barroso e para o ministro Fux", afirmou. 

      "Sugeri ao presidente mandar o Weintraub para o Banco Mundial, em junho. A partir daí, as coisas se acalmaram entre o governo e o STF", acrescentou o ministro em outro trecho da entrevista. 

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