Haddad destaca demanda por troca de dívidas com juros menores no novo consignado privado
Em apenas sete dias, programa movimentou R$ 1,28 bilhão, com 193 mil contratos fechados e valor médio de R$ 6,6 mil por trabalhador
247 - A forte adesão ao novo empréstimo consignado privado, que movimentou R$ 1,28 bilhão em apenas uma semana, reflete a busca dos trabalhadores por taxas de juros mais baixas para refinanciar dívidas. A avaliação foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante evento realizado nesta sexta-feira pela Galapagos Capital e Arko Advice, em São Paulo. Segundo o ministro, a maior parte dos contratos fechados até o momento tem sido motivada pela troca de dívidas, embora o crédito também esteja disponível para outros fins. As informações são do jornal O Globo.
"Nós estamos num período agora de troca de dívida. Obviamente que o trabalhador que não tem dívida pode também buscar o seu consignado. Se ele quiser fazer uma compra, vai ter uma taxa razoável. Isso também vai acontecer. Mas, neste momento, tem uma demanda muito expressiva por troca de dívida", afirmou Haddad.
O programa, batizado de Crédito do Trabalhador, começou a funcionar na semana passada e oferece a trabalhadores com carteira assinada a possibilidade de contratar empréstimos com desconto em folha de pagamento. Até as 17h de ontem, 193.744 contratos já haviam sido fechados, com valor médio de R$ 6.623,48 por trabalhador.
Durante o mesmo evento, o ministro também comentou sobre o cenário cambial, apontando para uma possível desvalorização do dólar ainda neste ano. Haddad argumentou que, por terem o dólar como reserva mundial, os Estados Unidos não precisam seguir rigidamente metas fiscais ou manter um equilíbrio financeiro rigoroso. "Os Estados Unidos, quando prometem justiça fiscal, não fazem, porque têm a moeda da reserva de valor. E o mundo acaba financiando qualquer déficit [...] Mas 1971 está muito longe e as coisas estão mudando. Então, talvez, a gente consiga ver já neste ano uma desvalorização do dólar", disse o ministro.
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