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Haddad diz esperar redução "consistente" dos juros e fala em expectativa do mercado para corte de 0,75 ponto percentual

"Hoje o mercado está pendendo mais para 0,5 do que para qualquer outro número", disse o ministro, fazendo a ressalva de que "tem gente do mercado apostando em um corte de 0,75"

Fernando Haddad (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse esperar uma redução “consistente” na taxa básica de juros (Selic), atualmente no patamar de 13,75% ao ano. Ao programa “Bom Dia, Ministro”, da Agência Brasil, Haddad afirmou que os Três Poderes estão “trabalhando na mesma direção para arrumar a casa” do ponto de vista econômico. “Estamos fazendo uma gestão enorme para que a taxa Selic caia, porque a taxa Selic hoje é a maior do mundo em termos reais. Nós temos um espaço aí para a queda da taxa básica. E quando cai a taxa básica de juros, o que certamente vai começar a acontecer hoje, você vai ter uma perspectiva de diminuição do juro futuro, o que implica que as empresas vão começar a captar mais barato e, ao final, isso vai acabar chegando no consumidor. (...) Estamos em um dia decisivo”. O Banco Central divulga nesta quarta-feira (2) o resultado da reunião de seu Comitê de Política Monetária (Copom), que decide sobre a Selic.

Na sequência, o ministro afirmou que “tem gente do mercado” prevendo até mesmo uma queda de 0,75 ponto percentual. Segundo ele, se dependesse do mundo político, o corte chegaria até a 1 ponto. “Tem gente no mercado apostando em uma queda de 0,75 ponto. Ninguém espera a manutenção da taxa. Não existe um economista - com reputação - que possa defender a manutenção da taxa”. 

“E eu penso que o mercado, pelas entregas que foram feitas - e não estou falando só do governo. Sempre faço questão de frisar o trabalho que o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, Câmara dos Deputados, Senado Federal estão fazendo para arrumar a bagunça herdada. Está todo mundo trabalhando na mesma direção para arrumar a casa. E ao arrumar a casa, tendo esses benefícios, queda da inflação, queda do dólar, tudo isso aponta em uma direção técnica de um corte mais consistente. Então hoje o mercado está pendendo mais para 0,5 do que para qualquer outro número, lembrando que tem gente do mercado, operando fundos bilionários, apostando inclusive em um corte de 0,75”, complementou.

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