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    Haddad diz que decisão de Campos Neto e do Copom na taxa de juros foi técnica: “não existe bancada lulista e bolsonarista”

    Essa foi a sétima vez consecutiva que o Copom reduziu a Selic. No entanto, a velocidade dos cortes diminuiu

    Fernando Haddad (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

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    247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou a divisão exposta no Comitê de Política Monetária (Copom) sobre o corte da taxa de juros nesta quarta-feira, 8.

     A alta recente do dólar e o aumento das incertezas fizeram o Banco Central (BC) diminuir o ritmo do corte de juros. Por 5 votos a 4, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,25 ponto percentual, para 10,5% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros .

    Essa foi a sétima vez consecutiva que o Copom reduziu a Selic. No entanto, a velocidade dos cortes diminuiu. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto percentual a cada reunião.

    Haddad afirma acreditar que a diferença ocorreu no campo técnico: “Eu não concordo com esse tipo de avaliação. Até em respeito aos profissionais que estão lá, não tem uma bancada bolsonarista e uma bancada lulista no BC. Eu acredito que a questão da guidance (orientação) tenha sido a razão da divergência”,disse ele em entrevista concedida ao jornal Estado de S.Paulo.

    O ministro rebateu os temores de que a divergência possa suscitar dúvidas sobre a autonomia do BC. “Essa é uma leitura superficial e ideológica. E, sinceramente, acho que essa questão nem se coloca. Eu considero que as pessoas indicadas por nós são iguais ou melhores do que as que saíram, do ponto de vista técnico e não tenho dúvidas que eles vão aportar um excelente trabalho”, afirmou.

    Ele voltou a dizer ser contrário à proposta de autonomia financeira do BC, em tramitação no Senado, e defendeu o reajuste de servidores oferecido pelo governo como uma válvula de escape para essa discussão.

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