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    Haddad foi excluído da decisão sobre a troca de comando na Petrobras

    Ministro da Fazenda era visto como um aliado de Jean Paul Prates e não via razões técnicas para a mudança

    Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates 13/02/2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    247 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não participou da reunião em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu demitir o então presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. De acordo com fontes ligadas ao presidente Lula, Haddad não esteve envolvido no processo que levou à demissão de Prates. É o que aponta reportagem da Folha de S. Paulo desta sexta-feira.

    A decisão foi tomada na Casa Civil, com a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), que foram considerados desafetos de Prates. O planejamento para a demissão foi realizado de maneira a impedir que Haddad interviesse, já que ele havia defendido a permanência de Prates em abril. Durante a reunião decisiva, Haddad estava em encontro com secretários no Ministério da Fazenda.

    Para analistas políticos e econômicos, a exclusão de Haddad demonstra o fortalecimento de Rui Costa dentro do governo. No dia seguinte à demissão, Haddad manteve silêncio sobre o ocorrido. Em abril, ele havia argumentado que não havia justificativa técnica para a demissão de Prates e que uma decisão imediata após as críticas de Silveira poderia intensificar conflitos internos no governo.

    Haddad também apoiou a distribuição de dividendos pela Petrobras, uma posição que Prates defendia e que causou atritos com Silveira. Esse apoio foi visto como um sinal de que Haddad estava ganhando força no governo, apesar das críticas de Lula ao desempenho de Prates.

    Embora a demissão de Prates possa impactar negativamente a percepção dos investidores sobre o governo e a Petrobras, aliados de Haddad afirmam que o episódio não abalou sua relação com Lula. A decisão de Lula foi baseada em uma perda de confiança em Prates, mesmo com Haddad defendendo os dividendos para melhorar a situação financeira do governo.

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