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    Haddad nega mexer em arcabouço fiscal e afirma que interpretação divulgada sobre a fala dele é "irresponsável"

    As supostas declarações passaram a circular após uma reunião privada de Haddad com representantes de instituições financeiras em São Paulo

    Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 – O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, negou que tenha a intenção de mexer no arcabouço fiscal e declarou que a interpretação sobre o assunto que circulou no mercado nesta sexta-feira (7) é “errônea”. As supostas declarações passaram a ser divulgadas após uma reunião fechada de Haddad com integrantes de instituições financeiras em São Paulo.

    Entre os agentes do mercado, especulou-se que o ministro teria falado em contingenciar R$ 30 bilhões, mas ressaltando que a decisão de cortar despesas ou modificar o arcabouço era atribuição do presidente Lula, e seria tomada em agosto. A interpretação difundida foi de que, entre cortar gastos ou ajustar o limite de despesas do arcabouço fiscal, o governo escolheria a segunda opção.

    Devido à desinformação que circulou, os juros futuros chegaram a 12% em determinados pontos da curva, o Ibovespa caiu 1,73%, e o dólar ultrapassou a marca de R$ 5,32.

    "Teve um protocolo que foi quebrado, a condição da reunião é que as pessoas não interpretassem o que eu falei”, afirmou Haddad a jornalistas. 

    Conforme apuração do site Valor Econômico, durante a reunião, não houve qualquer comentário do ministro que justificasse tal reação dos ativos financeiros. 

    "Eu falei que sim, que se algumas despesas crescessem além do previsto, poderia haver contingenciamento de gasto, o que é absolutamente normal e aderente ao que prevê o arcabouço fiscal", disse. "Se tiver uma despesa obrigatória crescendo para além do que está previsto no orçamento, isso pode pressionar as outras despesas e obrigar o governo a contingenciar".

    Haddad ainda solicitou aos presentes da reunião que não colocassem “palavras na minha boca” ou fizessem “uma interpretação sobre o que eu falei". O ministro lamentou o ocorrido, classificando-o como uma "irresponsabilidade".

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