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      Ibovespa fecha em queda com NY e commodities

      O volume financeiro somou R$20,3 bilhões

      Paintel de cotações na B3, em São Paulo - 16/07/2023 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
      Bianca Penteado avatar
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      SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em baixa nesta segunda-feira, minado pelas fortes quedas nos pregões em Wall Street e pelo declínio de commodities como petróleo e minério de ferro, enquanto Magazine Luiza avançou 5% após anunciar mudanças na estrutura organizacional para acelerar sua plataforma digital.

      Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,41%, a 124.519,38 pontos, tendo chegado a 125.031,3 pontos na máxima e a 123.471,46 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou R$20,3 bilhões.

      As bolsas norte-americanas encerraram a primeira sessão da semana com declínios expressivos, em meio a preocupações de que a política comercial de tarifas comerciais do presidente norte-americano, Donald Trump, possa desencadear uma desaceleração econômica dos Estados Unidos.

      O Nasdaq desabou 4%, enquanto o S&P 500 cedeu 2,7% e o Dow Jones perdeu 2,08%. No mercado de dívida, o rendimento do Treasury de 10 anos recuava a 4,2264% no final do dia, de 4,318% na última sexta-feira.

      Para o analista de investimentos Alison Correia, sócio-fundador da Dom Investimentos, a queda do Ibovespa refletiu movimentos de correção, após a alta da sexta-feira, acompanhando nesta sessão o "mau humor" no exterior, onde um certo otimismo inicial em relação a Trump começa a mostrar alguma fadiga.

      Analistas do Itaú BBA também destacaram que, do ponto de vista gráfico, o Ibovespa segue indefinido no curto prazo, mas conseguiu superar a resistência inicial em 124.500 pontos. "Com isso, o movimento de recuperação ganhou força e poderá buscar a resistência em 128.000 e a máxima do ano em 129.600 pontos."

      Nos próximos dias, a temporada de resultados também retoma o fôlego no Brasil, com os balanços de Azzas 2154, Cogna, SLC Agrícola, Eletrobras, LWSA, CSN, Magazine Luiza, Natura&Co, Prio, entre outros.

      DESTAQUES

      - VALE ON caiu 1,62%, acompanhando os futuros do minério de ferro na China, em meio a receios com as tarifas dos EUA e a promessa da China de cortar a produção de aço bruto. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com queda de 0,71%, a 769 iuanes (US$105,92) a tonelada. A ação também ficou ex-dividendo a partir desta segunda-feira.

      - PETROBRAS PN fechou com variação negativa de 0,03%, em dia de queda do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou negociado a US$69,28, decréscimo de 1,5%. A estatal anunciou na sexta-feira acordo para encerrar litígio com a EIG Energy nos EUA, em que pagará US$283 milhões. O BTG Pactual reiterou compra para os papéis, mas ponderou que dados recentes de investimentos acionaram o sinal de alerta.

      - BRADESCO PN fechou negociada em baixa de 1,45%, em sessão negativa para a maioria dos bancos do Ibovespa. A exceção foi ITAÚ ON, que subiu 0,89%. BANCO DO BRASIL ON perdeu 0,32%, SANTANDER BRASIL UNIT declinou 1,43% e BTG PACTUAL UNIT perdeu 0,62%. O índice do setor financeiro na bolsa recuou 0,76%, pressionado também por B3 ON, que cedeu 2,15%.

      - BRAVA ON recuou 5,72%, com o declínio do petróleo no exterior apoiando uma correção de baixa após a ação disparar quase 11% na última sexta-feira.

      - CAIXA SEGURIDADE ON fechou em queda de 4,07%, após registrar oferta subsequente de ações que incluirá uma venda secundária de papéis detidos pela controladora, a Caixa Econômica Federal. A empresa disse que a oferta consistirá na venda de 82,5 milhões de ações ordinárias -- cerca de R$1,32 bilhão considerando a cotação de fechamento da última sexta-feira -- e será precificada em 19 de março.

      - MAGAZINE LUIZA ON avançou 4,96%, após anunciar mudanças em sua estrutura organizacional para acelerar a evolução de sua plataforma digital, entre elas a unificação das vice-presidências de plataforma e de negócios, que ficarão sob a liderança de André Fatala. Para reforçar a divisão de plataformas, a empresa também contratou Ricardo Garrido, ex-Amazon, como diretor-executivo de marketplace.

      - JBS ON subiu 2,67%, tendo no radar reportagem da Bloomberg de que a companhia está entre as interessadas na compra da saudita Alwatania. "Acreditamos que o Oriente Médio pode ser uma oportunidade para acelerar o crescimento e diversificar a demanda", afirmaram analistas do Goldman Sachs, destacando que a JBS demonstrou ao longo dos anos abordagem consistente na alocação de capital para crescimento.

      - AUREN ENERGIA ON perdeu 3,6%, tendo como pano de fundo amplo relatório do JPMorgan sobre ações de "utilities", no qual cortou a ação para "underweight". CEMIG PN, que foi rebaixada de "overweight" para "underweight" pelos analistas do banco, caiu 1,94%. Na contramão, CPFL ENERGIA ON, que passou para "overweight", subiu 0,8%.

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