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Ibovespa fecha no azul com aval de Petrobras, mas Embraer pesa

O Ibovespa encerrou com acréscimo de 0,18%

Bolsa de Valores (Foto: Amanda Perobelli / Reuters)

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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou com uma alta discreta nesta segunda-feira, assegurada pelo avanço de cerca de 1% de Petrobras em dia de alta do petróleo no exterior, enquanto Embraer representou um peso negativo relevante, caindo mais de 5%, após decepção com o desfecho de arbitragem com a Boeing.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com acréscimo de 0,18%, a 135.118,22 pontos, tendo alcançado 135.715,1 pontos na máxima e 134.869,97 pontos na mínima do dia.

O volume financeiro somou 15,78 bilhões de reais, abaixo da média diária de 23,48 bilhões de reais no ano e até da média reduzida de 18,65 bilhões de reais de setembro, com agentes em modo espera para as decisões de juros principalmente dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil na quarta-feira.

Na visão do analista Lucas Queiroz, do Itaú BBA, trata-se de uma semana decisiva para a política monetária para ambos os países.

"De um lado, espera-se que o Federal Reserve (Fed) inicie o tão aguardado ciclo de corte de juros, enquanto por aqui, a expectativa é que o Banco Central eleve a taxa Selic", afirmou, observando que as apostas dos investidores indicam que o rumo das decisões já está traçado.

No caso dos EUA, de acordo com a ferramenta FedWatch, da CME, os futuros dos Fed Funds embutiam no final da tarde uma chance de 63% de um corte de 0,50 ponto percentual e uma probabilidade de 37% de uma redução de 0,25 ponto sobre a taxa atual, entre 5,25% e 5,50%.

Em relação ao BC brasileiro, prevaleciam as apostas de um aumento de 0,25 ponto, com a curva dos contratos de DI precificando uma possibilidade de 89% de tal resultado, enquanto a chance para uma alta de 0,50 ponto era de 11%.

Na quarta-feira, a decisão do Fed será conhecia às 15h (horário de Brasília), com o comunicado acompanhado de projeções da autoridade monetária, com o chair Jerome Powell falando às 15h30, enquanto, no Brasil, o BC anuncia o resultado da reunião de dois dias após o fechamento do mercado.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN subiu 1,39%, endossada pela alta dos preços do petróleo no exterior, enquanto analistas do Itaú BBA elevaram a recomendação das ações a "outperform". O CFO da estatal também afirmou à Reuters que a companhia elevará o foco em exploração e produção de petróleo e gás natural em seu próximo plano estratégico 2025-2029. PETROBRAS ON valorizou-se 0,99%.

- AZUL PN disparou 10,91%, após confirmar no domingo que está discutindo com arrendadores de aviões uma "potencial" troca de dívida por participação societária na empresa. Na sexta-feira, os papéis dispararam mais de 20% após reportagem da Reuters de que a Azul está perto de um novo acordo com arrendadores de aviões, em que a companhia aérea oferece ações para pagar cerca de 600 milhões de dólares em dívidas.

- EMBRAER ON caiu 5,3%, com o resultado da conclusão de processo arbitral com a decisão de que a Boeing servindo como argumento para realização de lucros nas ações, que ainda acumulam ganho de 120% em 2024. A norte-americana terá que pagar 150 milhões de dólares à empresa brasileira, o que segundo analistas ficou abaixo do esperado no mercado -- algo entre 200 milhões e 300 milhões de reais.

- VALE ON fechou estável, sem a referência dos futuros do minério de ferro na China, onde os mercados estão fechados em razão de feriado. O vencimento mais negociado da commodity em Cingapura avançou 1,55%. A mineradora também disse no sábado que está conduzindo verificações adicionais na barragem Forquilha III (MG) após uma inspeção de rotina identificar trincas superficiais.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,03%, em dia misto no setor, com BANCO DO BRASIL ON fechando em alta de 0,53%, mas BRADESCO PN terminando com variação negativa de 0,77% e SANTANDER BRASIL UNIT com declínio de 0,45%.

- SANTOS BRASIL ON avançou 3,94%, tendo como pano de fundo detalhamento na última sexta-feira dos procedimentos relacionados ao recebimento/pagamento da redução de capital. Em 15 de outubro acaba o prazo legal para oposição de credores à redução. Caso se torne efetiva sem oposição, os acionistas titulares de ações em 16 de outubro terão direito ao recebimento da restituição de capital equivalente ao total de 1,6 bilhão de reais, que será paga em 7 de novembro.

- MARISA LOJAS ON, que não faz parte do Ibovespa, caiu 6,78%, após publicar na sexta-feira resultado do segundo trimestre deste ano com aumento do prejuízo líquido para 102 milhões de reais, ante resultado negativo de 63,4 milhões registrado para o mesmo período de 2023. A receita líquida da companhia encolheu 34%.

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