Investidor encrenqueiro sofre nova derrota e não consegue destituir conselho da Gafisa
Proposta de Vladimir Timerman, da Esh Capital, foi rejeitada pelo conselho da construtora
SÃO PAULO (Reuters) – Acionistas da Gafisa rejeitaram em assembleia extraordinária nesta quarta-feira proposta da gestora Esh Capital para destituição do conselho de administração e proposição de ação de responsabilidade contra seus integrantes, informou a companhia em comunicado à imprensa.
"Esta é a quarta vez que a gestora Esh Capital pede convocação de assembleia geral extraordinária para apreciar as mesmas matérias, as quais já foram todas as vezes rejeitadas", disse a empresa.
No final do ano passado, o Esh Theta Master afirmou que houve descumprimento de estatuto social, uma vez que uma aquisição de ações da empresa foi feita sem lançamento de oferta pública pelos papéis dos demais acionistas da companhia.
O pedido mais recente ocorreu em 29 de janeiro pelo fundo, detentor de mais de 5% das ações da Gafisa, que disse que tratará da questão dentro do prazo legal.
AVAL DA CVM
A Gafisa informou mais cedo que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) havia permitido à empresa realizar assembleia nesta quarta-feira, como originalmente programado, desde que retirasse da pauta um item envolvendo o fundo Esh Theta.
Segundo comunicação da CVM recebida pela Gafisa, o item a ser retirado da pauta da reunião cobrava cálculo de eventuais prejuízos "em decorrência de condutas imputadas" ao fundo e à gestora Esh Capital.
A Gafisa afirmou na ocasião que retiraria da pauta o item sobre responsabilização do fundo, "mantendo inalterada as demais matérias".
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