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    Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles são processados ​​nos EUA por rombo de US$ 15 bilhões à Kraft Heinz

    Investidora Adriana D. Felicetti acusa os bilionários e outros sócios da 3G de terem falhado em seu dever fiduciário com a empresa e seus acionistas

    Kraft Heinz, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles (Foto: Reuters | Reprodução)

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    247 - Os bilionários Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, e alguns sócios da 3G Capital, estão sendo processados por uma investidora pelos problemas contábeis da Kraft Heinz que resultaram em um prejuízo de US$ 15,4 bilhões, quatro anos antes do rombo de R$ 40 bilhões da Americanas vir à tona. 

    Segundo a coluna Capital, do Globo, a investidora Adriana D. Felicetti acusa Lemann e a 3G de terem falhado em seu dever fiduciário com a empresa e seus acionistas. Felicetti acusa o bilionário brasileiro e seus sócios de praticarem uso indevido de informação privilegiada para lucrar com os papéis da Kraft Heinz antes da baixa contábil vir a público, conhecido como insider trading. 

    Além de Lemann e Telles também são processados Alexandre Behring, cofundador da 3G que foi CEO da Kraft Heinz; e Bernardo Hees, que já foi CEO da Heinz e Burger King. O caso foi protocolado no dia 6 de março na Delaware Court of Chancery.

     “Por meio desta ação, a autora procura responsabilizar os réus por violação de dever fiduciário com a Kraft Heinz e seus acionistas. Os réus eram responsáveis ​​por garantir que a empresa mantivesse os controles efetivos, (…) que a Kraft Heinz divulgasse informações precisas e não enganosas e que a empresa cumprisse as disposições antifraude. Em vez disso, eles esconderam a verdade até que a 3G Capital se apropriasse de informações importantes não públicas sobre o verdadeiro estado financeiro da empresa para seu benefício próprio, vendendo grande quantidade de ações ao público mal informadas por mais de US$ 1,2 bilhão”, escreveram os advogados de Adriana D. Felicetti na ação.

    Os problemas na Kraft Heinz obrigaram a gigante alimentícia a reconhecer uma baixa contábil de US$ 15,4 bilhões em 2019 e lhe rendeu multa de US$ 62 milhões. A companhia é controlada pelos grupos de Lemann e do americano Warren Buffett.

    >>> Caso Americanas: Jorge Paulo Lemann deve vir ao Brasil para assumir conversas com bancos

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