Lucas Kallas, da Cedro, diz que minério de ferro não é o patinho feio da economia e também contribui para a descarbonização
CEO da empresa defendeu o estímulo ao 'minério verde', que reduz emissões na siderurgia
247 – Durante o seminário "Brasil e China: 50 anos de amizade", realizado nesta quinta-feira em Brasília e promovido pelo Brasil 247, pela TV 247 e pela Vallya, o empresário Lucas Kallas, CEO da Cedro Mineração, destacou o papel crucial do "minério verde" na redução das emissões de carbono da indústria siderúrgica. O evento contou com a presença de representantes dos governos de ambos os países, além de especialistas e empresários focados em sustentabilidade e desenvolvimento econômico.
Kallas enfatizou que o setor siderúrgico, responsável por 15% das emissões globais de carbono, pode se beneficiar significativamente do uso do "pellet feed" brasileiro, que compõe aproximadamente 5% da produção nacional e emite 50% menos carbono. “Hoje, 15% da emissão de carbono do mundo é do setor siderúrgico. E a produção de ‘pellet feed’, ou ‘minério verde’, é em torno de 5% brasileira. Na siderúrgica ele polui 50% menos de carbono na atmosfera”, disse ele.
Ele sugeriu uma parceria mais estreita entre Brasil e China para fomentar a produção desse tipo de minério. "O futuro está na produção de ‘pellet feed’. Se a gente botar 30% da produção de ‘pellet feed’ como brasileira, teremos investimento de centenas de bilhões. E o Brasil tem tudo para isso", afirmou.
Além disso, Kallas mencionou os desafios para a expansão deste setor, incluindo a necessidade de melhor comunicação entre o setor privado e o público e a escassez de financiamento verde. Ele também destacou o papel fundamental do minério de ferro na economia verde. "O minério de ferro é visto por muitos como o patinho feio da economia, mas não existe carro elétrico sem minério de ferro", declarou, reforçando a importância estratégica deste recurso na transição energética global. Assista:
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