Lula: "a economia vai dar certo porque o povo está participando do crescimento"
Presidente ressalta aumento de empregos, valorização do salário mínimo e necessidade de proteção ambiental
247 - Em uma entrevista concedida ao programa "Podk Liberados", da RedeTV, neste domingo (10), o presidente Lula (PT) enfatizou o foco de seu governo em promover um crescimento econômico sustentável, com fortalecimento do emprego formal e incentivo aos pequenos e médios empreendedores. A conversa foi conduzida pelos senadores Jorge Kajuru e Leila Barros, que exploraram com o presidente pontos essenciais para a recuperação e desenvolvimento da economia brasileira. Lula destacou o empenho da administração em assegurar que o crescimento econômico beneficie toda a população, especialmente os mais necessitados. “A economia vai dar certo porque o povo está participando do crescimento desse país”, ressaltou, abordando políticas voltadas tanto para os mais vulneráveis quanto para a classe média.
Lula frisou ainda a importância de deixar um legado positivo para a sociedade brasileira, com mais oportunidades educacionais e melhores condições de trabalho. “O legado que quero deixar é o da autoestima do povo brasileiro”, afirmou, enfatizando seu desejo de que o brasileiro tenha acesso à educação de qualidade e ao emprego digno. Essa perspectiva é, segundo ele, uma chave para a construção de um país mais próspero e equilibrado.
Na entrevista, o presidente trouxe números que reforçam a solidez de sua visão para o Brasil, lembrando o impacto da valorização do salário mínimo, que, ao colocar mais renda na mão do trabalhador, aquece o consumo e fortalece a economia em sua totalidade. Lula relembrou como o aumento do poder de compra, desde sua primeira gestão, representou uma mudança significativa no cotidiano dos brasileiros. "Quando o salário mínimo cresce, é dinheiro distribuído, é gente consumindo mais, comércio vendendo, fábrica fabricando”, destacou.
Empreendedores e a economia formal - Outro tema de destaque foi o apoio aos pequenos e médios empreendedores, uma das vertentes fundamentais para o desenvolvimento da economia. “Temos que cuidar dos pequenos e médios empreendedores individuais", afirmou Lula, referindo-se aos brasileiros que optam pelo trabalho autônomo e pela independência financeira. Ele mencionou a necessidade de um apoio governamental que incentive o crescimento desse setor, garantindo as condições para que esses empreendedores possam prosperar.
Segurança e federalismo - Lula também se debruçou sobre a segurança pública, área que, segundo ele, requer um esforço conjunto entre as esferas federal e estadual. "O Governo Federal não quer se intrometer nos estados”, esclareceu, reforçando o desejo de cooperação para que os cidadãos possam viver em um ambiente seguro e com menos violência, seja nas periferias ou nos centros urbanos. Para ele, essa abordagem integrada pode combater a criminalidade de forma eficaz e preservar a tranquilidade das comunidades.
Transição energética e proteção ambiental - A pauta ambiental também recebeu grande destaque na fala do presidente. Lula ressaltou a importância do Brasil no cenário global de transição energética, afirmando que o país tem o potencial de se tornar um exemplo para o mundo, com sua diversidade de fontes de energia limpa, como a solar, eólica, biomassa e o hidrogênio verde. “Vamos fazer muita energia solar, eólica, biomassa e hidrogênio verde”, afirmou, reafirmando o compromisso de seu governo com a sustentabilidade e a preservação da Amazônia.
Com a decisão de sediar a COP30 em Belém, no Pará, o presidente vê uma oportunidade de elevar a voz da Amazônia, promovendo a preservação das florestas e chamando a atenção para a necessidade de manutenção desses ecossistemas como um ativo essencial para a sobrevivência do planeta. Para ele, “o mundo rico precisa pagar” pelo impacto ambiental causado ao longo dos anos, enquanto os países em desenvolvimento devem ser incentivados a manter suas florestas de pé.
Parceria com o Congresso e apoio do setor produtivo - Lula destacou ainda a cooperação com o Congresso na aprovação de pautas importantes, especialmente na área ambiental. Ele frisou que o setor produtivo, incluindo agricultores e pecuaristas, está cada vez mais consciente da necessidade de preservar o meio ambiente, uma mudança de postura que, segundo ele, tem sido bem recebida no legislativo.
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