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    Lula explica por que o preço da gasolina e do gás de cozinha não pode ser dolarizado

    Ex-presidente já disse que, se for candidato e ganhar as eleições, não manterá os preços dolarizados como estão hoje

    (Foto: Ricardo Stuckert | ABr)

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    247 – A equipe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preparou um post em que explica por que os preços dos combustíveis não podem ser dolarizados e por que a atual política de preços da Petrobrás, implantada logo após o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff, precisa ser alterada. Confira:

    Você recebe o seu salário em dólar? Não? Então, já se perguntou por que alguns produtos que consumimos no dia a dia são dolarizados? Ou por que a alta do dólar afeta tanto o bolso do trabalhador?

    A escalada dos preços da gasolina e do diesel é, sem dúvida, um dos maiores vilões do bolso do trabalhador brasileiro. E a razão disso é a vinculação do preço dos combustíveis ao dólar. A Petrobras de Bolsonaro adota a política de preço de paridade internacional (PPI), que alinha a dinâmica dos preços do combustível no Brasil ao mercado estrangeiro.

    Desde o golpe de 2016, quando a dolarização foi adotada, o preço do combustível acumula uma alta superior à inflação e impacta diretamente nos preços dos alimentos no supermercado, no valor da passagem de ônibus e até na conta de energia elétrica.

    Segundo Daniel Kosinski, doutor em economia política internacional, essa inflação é o produto da dolarização oculta, da catastrófica administração de Paulo Guedes e Bolsonaro.

    No setor alimentício, com o câmbio desvalorizado, grandes produtores rurais vendem seus produtos para o exterior e recebem em dólar. Para compensar esse desabastecimento, o país importa esses mesmos produtos, dolarizando os preços internos dos alimentos básicos.

    A desvalorização cambial também alcança o setor energético, pois parte da energia consumida no Brasil é gerada por termelétricas que consomem diesel e o custo do aumento desse combustível é repassado pelas concessionárias para as tarifas pagas pelo consumidor. 

    Essa dinâmica é resultado direto das políticas macroeconômicas decorrentes de decisões do governo e do mercado, que privilegiam acionistas e mercados estrangeiros em detrimento dos interesses da população.

    Na contramão dessa política agressiva que desvaloriza a moeda nacional e diminui drasticamente o poder de compra do cidadão brasileiro, Lula já disse que, se for candidato e ganhar as eleições, não manterá os preços dolarizados como estão hoje, causando dificuldades para a população, que fica sem dinheiro para adquirir o básico. 

    “Acho que o acionista de Nova Iorque, os acionistas do Brasil têm direito de receber dividendos, quando a Petrobras der lucro. Mas, é importante que a gente saiba que a Petrobras tem que cuidar do povo brasileiro. Eu não vou enriquecer o acionista americano e empobrecer a dona de casa que vai comprar um quilo de feijão e paga um preço mais caro por conta do preço da gasolina”.

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