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    Lula volta a defender moeda única para comércio entre o Brics e quer NBD "maior que o Banco Mundial"

    Presidente brasileiro acrescentou que também apoiaria uma potencial unidade comercial compartilhada para os países sul-americanos

    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista coletiva no Palácio Moncloa, em Madri (Foto: REUTERS/Juan Medina)
    Guilherme Paladino avatar
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    MADRI (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que apoia o estabelecimento de uma moeda para o comércio entre os países do Brics, grupo que inclui o Brasil, bem como Rússia, Índia, China e África do Sul.

    "Eu sou favorável que a gente crie nos Brics uma moeda de negociação entre os nossos países, como os europeus criaram o euro", disse Lula em discurso durante viagem à Espanha, sem dar mais detalhes.

    O presidente acrescentou que também apoiaria uma potencial unidade comercial compartilhada para os países sul-americanos.

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    Não foi a primeira vez que Lula lançou a ideia de uma moeda comum, tendo dito anteriormente em uma viagem à China que tal medida poderia ajudar os países em desenvolvimento a depender menos do dólar.

    No início deste ano, ele também havia sugerido que o Brasil e a Argentina poderiam estabelecer uma unidade compartilhada de valor para o comércio bilateral. A Argentina há muito tempo sofre com uma série de desafios, incluindo falta de dólares e inflação de mais de 100%.

    Nesta quarta-feira, Lula também elogiou o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o organismo multilateral de crédito criado pelos países do Brics, cuja nova chefe é a ex-presidente Dilma Rousseff, dizendo que trabalhará para que ele "se transforme em um grande banco de investimentos".

    "Se for possível, maior que o Banco Mundial", acrescentou.

    Falando sobre uma ampla gama de questões, Lula também reiterou que seu governo não privatizará nenhuma empresa estatal e voltou a defender a ampliação do quadro de membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

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