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    Miriam Leitão defende Lula, desde que não mexa na política de preços da Petrobrás

    Golpe de 2016, apoiado pela jornalista, teve como objetivo a mudança nas regras do petróleo no Brasil, favorecendo petroleiras internacionais e acionistas privados da estatal

    (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução)

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    247 – A jornalista Miriam Leitão, que apoiou o golpe de 2016, que teve como objetivo central alterar as regras do petróleo no Brasil, para favorecer acionistas privados e petroleiras internacionais, em desfavor da sociedade brasileira, deixou claro, em sua coluna desta quinta-feira, que seu problema não é o ex-presidente Lula, mas sim a questão do petróleo.

    "O ex-presidente Lula acertou muito mais do que errou na longa exposição de ontem. Os acertos foram no ponto principal: combate à pandemia, respeito à ciência e às regras sanitárias, estímulo a que todos se vacinem", escreveu a jornalista. "O maior acerto da entrevista foi focar na necessidade de combater a tragédia, na qual naufragamos neste momento, e com medidas sensatas."

    A colunista do Globo, no entanto, enfatizou ser contra mexer na política de preços da Petrobrás, que foi implantada por Pedro Parente, indicado por Fernando Henrique Cardoso para presidir a Petrobrás, logo depois do golpe de 2016. "Na economia, Lula defendeu o investimento puxado pelo Estado, coerente com proposta do partido, mas difícil no atual estado das finanças do país, cuja escalada de desorganização começou na nova matriz macroeconômica. Errou também quando falou da Petrobras. A capitalização da Petrobras foi uma manobra contábil bem engendrada, que permitiu que a estatal, em vez de receber dinheiro, entregasse R$ 30 bilhões ao Tesouro. A Petrobras investiu, cresceu e encontrou o pré-sal —os investimentos começaram antes do governo petista — mas ao mesmo tempo foi no governo do Partido dos Trabalhadores que houve o maior prejuízo da empresa, provocado exatamente pelo subsídio aos preços dos combustíveis, que ele voltou a defender ontem. Curioso que é exatamente essa política de preços controlados que Bolsonaro sonha em praticar na Petrobras", escreveu.

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