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    'Não podemos tudo e as autoridades ambientais também não', diz presidente da Petrobras sobre exploração da Margem Equatorial

    “Acho que cada um tem de cumprir o seu papel. O nosso papel é o de mostrar o benefício para a sociedade, de buscar riqueza", disse Magda Chambriard

    Magda Chambriard (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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    247 - Entre a Petrobras e as autoridades ambientais, ninguém tem poder supremo na decisão sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial. “Não podemos tudo e eles [autoridades ambientais] também não podem tudo”, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, em entrevista à CNN Brasil ao ser questionada sobre o parecer contrário do Ibama à exploração de petróleo na Margem Equatorial. 

    “Acho que cada um tem de cumprir o seu papel. O nosso papel é o de mostrar o benefício para a sociedade, de buscar riqueza, de buscar desenvolvimento, de mostrar uma indústria pujante. O pessoal do Meio Ambiente, o Ibama e os órgãos estaduais têm que mostrar para a gente em qual limite a gente pode fazer isso”, ressaltou a executiva. 

    Chambriard destacou que a sociedade é constituída pelo equilíbrio dessas forças, mas ressaltou que a Petrobras já cumpriu todas as exigências feitas pelas autoridades ambientais e expressou insatisfação com a lentidão do processo de licenciamento. “Sei que isso vem de longa data, né? Da nossa parte, nós entendemos que as respostas já estão muito bem dadas”, disse ela, ressaltando que “se os órgãos ambientais entendem que ainda falta alguma coisa, nós estaremos aqui para elucidar todas as questões”.

    Recentemente, um parecer técnico do Ibama recomendou a rejeição do licenciamento do projeto de produção de petróleo na Margem Equatorial. Em um dos documentos, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, mencionou uma “carência de detalhamentos” pela estatal.

    Ao ser questionada sobre a avaliação do presidente do órgão ambiental, Chambriard reconheceu a validade das preocupações levantadas por Agostinho. “O presidente Agostinho está certo”, afirmou ela. “Nós estamos aqui para responder ao questionamento dele, e a gente só espera que não demore tanto. Porque nisso já se vão 10 anos, não é?”, completou em seguida. 

    O Ibama já havia rejeitado uma licença para a Petrobras perfurar a Margem Equatorial no Amapá em maio do ano passado, mas a Petrobras fez mudanças em seus planos e entrou com um pedido de reconsideração. O Ibama não tem um prazo definido para resposta.

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