"O BNDES voltou": gestão defende sustentabilidade e inovação
Em artigo, direção rebate críticas e destaca avanços em crédito verde e retomada de investimentos
247 - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou seu retorno ao protagonismo econômico com foco em transparência, eficiência e investimentos sustentáveis. Em artigo publicado na Folha, Tereza Campello, diretora socioambiental do banco, e Gabriel Aidar, superintendente de planejamento e pesquisa econômica, responderam a críticas recentes e destacaram o papel da instituição no enfrentamento da crise climática e na corrida tecnológica global.
Segundo os executivos, até setembro de 2024, as aprovações de crédito para a indústria aumentaram 263% em comparação ao mesmo período de 2022. No setor de infraestrutura, o BNDES aprovou mais crédito nos últimos 21 meses do que nos quatro anos do governo anterior. O banco tem atuado ativamente no combate ao desmatamento por meio do Fundo Amazônia, investindo em bioeconomia, restauração do bioma amazônico e aquisição de equipamentos para combate a incêndios.
O BNDES também reforçou fontes de recursos para investimentos verdes e estruturantes. Com o Fundo Social, que apoiou a recuperação de empresas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul com R$ 10,6 bilhões. Além disso, o Fundo Clima foi capitalizado em R$ 10 bilhões para investimentos em adaptação e mitigação, com projeção de atingir R$ 32 bilhões até 2026. “Para se ter dimensão da importância desse fundo, somente com os financiamentos, em 2023, de R$ 814 milhões, o BNDES contribuiu para evitar a emissão de 1.500 toneladas de CO2 equivalente ao ano, o mesmo que quatro meses sem carros na região metropolitana de São Paulo”, destaca o artigo.
Os autores enfatizam que o BNDES é a instituição mais transparente da República, segundo o Tribunal de Contas da União, e que seu lucro resulta de uma gestão financeira eficiente e da retomada do crédito. Com inadimplência de apenas 0,07% e crescimento de 10,7% na carteira de crédito neste ano, o banco contribuiu com R$ 25 bilhões em dividendos para o esforço fiscal do governo em 2024. Campello e Aidar concluem defendendo a necessidade de superar críticas anacrônicas e olhar para o futuro, ressaltando o papel do novo BNDES no enfrentamento dos desafios globais.
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