“O Brasil vai precisar dobrar sua capacidade energética para atender a demanda da inteligência artificial”, diz Hélio Costa
Presidente do Conselho da Light alerta sobre necessidade urgente de revisão do marco regulatório para garantir sustentabilidade energética
247 – Durante a LIDE Brasil Conferência em Lisboa, Hélio Costa, presidente do Conselho de Administração da Light, fez um alerta contundente sobre o futuro energético do país: “Para que o Brasil atenda à demanda da inteligência artificial e suas implicações no cotidiano, precisaremos dobrar nossa capacidade energética atual”. Costa frisou que essa expansão não é apenas desejável, mas essencial, dada a rápida evolução tecnológica. “O futuro já é presente, e a inteligência artificial demanda uma quantidade de energia sem precedentes”, afirmou.
O executivo destacou que para viabilizar essa expansão, o Brasil deve agir rapidamente no sentido de modernizar o marco regulatório do setor energético. Dirigindo-se a representantes do Legislativo, como o senador Weverton Rocha e o deputado Elmar Nascimento, Costa enfatizou a necessidade de tornar o marco mais flexível e adaptado às exigências atuais do mercado. “Precisamos trabalhar intensamente para atualizar as regras que hoje dificultam a produção de energia com lucro e sustentabilidade”, acrescentou.
A importância estratégica da Amazônia
Em um paralelo com a tecnologia e a sustentabilidade, Costa trouxe à tona a relevância da floresta Amazônica para a regulação climática e a economia brasileira. Citando estudos do pesquisador Antônio Donato Nobre, do INPE, ele destacou: “A Amazônia, com seus 600 bilhões de árvores, gera um volume de vapor que seria equivalente à produção de 50 mil Itaipus. Isso é crucial para irrigar regiões agrícolas e manter o equilíbrio climático”. Costa celebrou ainda a redução de 30,6% no desmatamento da floresta entre julho de 2023 e julho de 2024, mencionada em relatórios recentes do INPE.
Aproveitando a ocasião, Hélio Costa relembrou os 120 anos de história da Light, destacando seu papel pioneiro na geração de energia sustentável no Brasil. Com uma capacidade total de 872 MW, a empresa emprega práticas de economia circular, onde a água é bombeada durante a noite e utilizada para gerar energia durante o dia. “Essa estratégia, implantada há mais de um século por engenheiros e técnicos visionários, ainda hoje permite à Light dobrar sua produção de energia sem esgotar recursos naturais”, explicou.
Além de produzir energia, a Light contribui para o abastecimento hídrico do Rio de Janeiro, utilizando água cristalina que é misturada à poluída do Guandu para posterior tratamento. “É um exemplo claro de como a inovação e a sustentabilidade andam de mãos dadas em nosso compromisso com o desenvolvimento econômico e ambiental”, pontuou Costa.
Para concluir, o presidente do conselho da Light reforçou que o Brasil precisa debater com urgência as mudanças necessárias para sustentar o futuro energético do país, especialmente em um cenário onde a tecnologia avança mais rapidamente do que as infraestruturas existentes. “Iluminar o futuro com responsabilidade e eficiência é o nosso compromisso. Mas, para isso, o setor energético precisa de apoio e modernização”, finalizou Costa. Assista:
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