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"O mercado não tem que se preocupar. Conhece o Lula, sabe a responsabilidade que tem", diz Gleisi

"Responsabilidade fiscal e social tem que ter a mesma visão, mas jamais vamos abrir mão da responsabilidade social em primeiro lugar”, disse a presidente do PT

(Foto: Reprodução)

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247 - A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o mercado financeiro “não tem que se preocupar” com as declarações do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acerca da responsabilidade fiscal e do teto de gastos. 

“O mercado não tem que se preocupar. Conhece quem é o Lula, sabe como ele trabalha com as finanças públicas, a responsabilidade que tem, e também conhece o compromisso social que ele tem. Por que o espanto? Responsabilidade fiscal e responsabilidade social tem que ter, por nossa parte, a mesma visão de responsabilidade, mas nós jamais vamos abrir mão de ter a responsabilidade social colocada em primeiro lugar, porque nós estamos falando da vida das pessoas”, disse Gleisi nesta sexta-feira (11). 

Ainda segundo Gleisi, a reação do mercado financeiro às declarações feitas por Lula na quinta-feira (10), de que a estabilidade fiscal não pode ser obtida à custa do sofrimento da população, foi recebida com “espanto” pela equipe de transição.

>>> Lula: 'o mercado não ficou nervoso com Bolsonaro por quatro anos' 

“Nós recebemos [a reação do mercado] com espanto. Porque não sei o que o presidente Lula falou que pudesse ter uma variação tão grande no sentimento do mercado. Aliás, todos os indicadores de dólar voltaram à normalidade. Penso que foi um movimento especulativo. O que é muito ruim para o país”, avaliou. Logo após a repercussão da fala de Lula no mercado financeiro, o petista disse que o setor “fica nervoso à toa”. 

PEC do Bolsa Família

Gleisi também falou sobre a PEC que visa abrir espaço no Orçamento para o pagamento do Bolsa Família em R$ 600. Segundo ela, o foco principal será excepcionalizar o gasto com o Bolsa Família do teto de gastos. Demais programas sociais continuariam sendo limitados pelo teto. "O consenso é de excepcionalizar a totalidade do Bolsa Família, as demais questões vão ser discutidas no âmbito do Orçamento, com o que for possível. A PEC se dirigiria com o objetivo de excepcionalizar a totalidade do Bolsa Família, por isso que nós estamos dizendo que é a PEC do Bolsa Família".

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