Operações dos fundos de pensão Petros e Funcef com a J&F foram lucrativas segundo seus próprios balanços
Os resultados contradizem informações apresentadas pelas fundações ao Supremo Tribunal Federal no processo que questiona a suspensão dos acordos de leniência
247 – Os fundos de pensão Petros, ligado à Petrobras, e Funcef, da Caixa Econômica Federal, registraram lucros substanciais em suas operações com o grupo J&F Investimentos. Em seus relatórios anuais de 2017, Petros e Funcef registraram ganhos provenientes de investimentos no FIP Florestal, vinculado à Eldorado Brasil Celulose, controlada pela J&F.
Os relatórios anuais destacam o sucesso dos desinvestimentos, com a Petros relatando uma rentabilidade de aproximadamente 160% desde o início do investimento em 2009, enquanto a Funcef declara um retorno significativo pela venda de sua participação na Eldorado Celulose. Esses ganhos aparentes contradizem as afirmações dos fundos de pensão ao Supremo Tribunal Federal, alegando prejuízos durante o período de investimento com a J&F entre 2009 e 2017, segundo aponta reportagem do Poder 360.
Os recursos apresentados ao STF buscam questionar a decisão que suspendeu o pagamento integral da multa de R$ 10,3 bilhões referente ao acordo de leniência firmado em 2017 com o Ministério Público, argumentando que foram vítimas de ilícitos cometidos pela J&F. No entanto, a discrepância entre os lucros registrados e as alegações de prejuízo levanta questões sobre a argumentação apresentada nos recursos.
Apesar das alegações dos fundos de pensão, a J&F nega qualquer dano aos investidores e defende que todas as operações resultaram em lucro. A venda das participações da Petros e Funcef para a empresa indonésia Paper Excellence em dezembro de 2017 encerrou a relação direta com a Eldorado Celulose.
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