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PEC 65 é o primeiro grande teste do Gabriel Galipolo, diz Paulo Nogueira Batista Jr.

Economista falou durante o evento da TV 247 que discutiu a proposta de emenda à Constituição que visa dar mais autonomia ao BC

Paulo Nogueira Batista Jr (Foto: Reprodução)

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247 - O economista Paulo Nogueira Batista Jr., ex-vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento e ex-diretor executivo no Fundo Monetário Internacional, participou do evento em Brasília promovido pela TV 247, que discutiu a proposta de emenda à Constituição que visa dar mais autonomia ao Banco Central, inclusive nas dimensões orçamentária e financeira. O evento, intitulado "Autonomia do Banco Central: Um Balanço e os Próximos Passos: A PEC 65 e Seus Impactos Econômicos, Sociais e Jurídicos", foi realizado em parceria com a TV Conjur e o Grupo Prerrogativas, e contou com o apoio de Vallya e Cerrado Asset.

A PEC 65, cujo primeiro signatário é o senador Vanderlan Cardoso e que conta com o apoio do relator Plínio Valério, foi adiada para análise após as eleições municipais pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. No entanto, o senador Rogério Carvalho apresentou um relatório alternativo contrário à proposta. Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central e indicado pelo presidente Lula para suceder Roberto Campos Neto na presidência da instituição, será sabatinado pelo Senado em 8 de outubro, e essa PEC pode ser um teste crucial para ele.

Durante o evento, Paulo Nogueira Batista Jr. criticou a autonomia do Banco Central, afirmando que a teoria de isolá-lo de influências políticas não se sustenta na prática. Ele destacou que o mercado financeiro acaba sendo "capturado" por executivos que alternam entre cargos no Banco Central e no próprio sistema financeiro. "Quando o sujeito está na diretoria com a pregação de supervisionar e regulamentar o sistema financeiro, ele pode ser independente dos interesses desse sistema? Pode, mas ao sair do Banco Central ele não conseguirá uma carreira nesse sistema", afirmou o economista.

Ele também propôs mudanças no arcabouço legal do Banco Central, incluindo mandatos coincidentes com o presidente da República, uma quarentena mais rigorosa para dirigentes que deixam o BC e a retirada da instituição do Conselho Monetário Nacional. Segundo ele, a PEC 65 apresenta graves questões jurídicas ao transformar uma autarquia estatal em uma empresa pública. Para Batista Jr., o posicionamento de Gabriel Galípolo em relação à PEC será um importante teste de sua liderança futura.

"Essa PEC tem tantos problemas que não é surpresa que tenha vindo de Roberto Campos Neto. Ele encontrou um relator conveniente a isso. Esse talvez seja o primeiro teste do Galípolo, como ele vai se posicionar em relação a essa PEC?".

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