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    Petrobras considerava aquisição de gigante internacional, revela Jean Paul Prates

    “Era uma das grandes empresas multinacionais... estava na nossa mira”, disse ele

    (Foto: ABR | Divulgação/OGX)

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    247 – Em uma entrevista reveladora ao Diário do Nordeste, o ex-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, detalhou o futuro das energias renováveis no Brasil e os ambiciosos planos traçados durante sua gestão à frente da maior empresa de energia do país. Além de destacar o papel do hidrogênio verde e da transição energética, Prates surpreendeu ao mencionar que a Petrobras estava avaliando a aquisição de uma grande empresa multinacional do setor.

    “Eu já disse aqui, foi essa novidade de todo um arcabouço e um contingente de estrutura interna e externa para ela iniciar tardiamente com atraso de 10 anos a sua transição energética, ou melhor, sua metamorfose energética", afirmou Prates, ao descrever que a mudança pela qual a Petrobras passaria não era uma simples transição, mas uma transformação completa no modelo de negócios.

    Durante a entrevista, Prates destacou o pioneirismo do Ceará no desenvolvimento de energias renováveis, como a solar e a eólica, elogiando o estado por ser um dos primeiros a explorar essas fontes de energia de forma estratégica. Ele ressaltou a importância da energia eólica offshore, na qual a Petrobras já ocupa posição de liderança mundial: "Petrobras já é a líder mundial. Onde é que nós temos isso equivalente no contingente renovável? Na energia offshore", enfatizou.

    Prates também foi questionado sobre o desenvolvimento do hidrogênio verde, tecnologia que tem ganhado destaque no Brasil. Ele revelou que a Petrobras, em sua gestão, já havia começado a incorporar o hidrogênio verde em seu plano estratégico, destacando que a transição não seria traumática para a empresa, dada sua vasta experiência com o gás natural: “O hidrogênio verde para a Petrobras não é traumático porque ela já opera gás natural desde que nasceu”, explicou.

    Um dos momentos mais impactantes da entrevista foi a revelação de que a Petrobras estava analisando a aquisição de uma gigante do setor energético internacional. Embora Prates tenha preferido não nomear a empresa, deixou claro que a iniciativa era ambiciosa: “Era um sonho bastante ambicioso de uma das irmãs, uma das grandes empresas multinacionais... estava na nossa mira.”

    Além de discutir as estratégias para a transição energética, Prates ressaltou que, durante sua gestão, a Petrobras alcançou o melhor resultado financeiro de sua história, sem vender ativos estratégicos e ao mesmo tempo adotando uma política de preços mais justa para os consumidores brasileiros. Ele explicou o conceito de “abrasileirar” os preços dos combustíveis, destacando a importância de adaptar o modelo de precificação às realidades do mercado nacional: “O que que é abrasileirar os preços? É justamente usar as ferramentas que a Petrobras tem de produzir o seu próprio petróleo e chegar ao consumidor brasileiro com um preço mais justo.”

    O ex-presidente também criticou decisões passadas, como a venda de refinarias e a eliminação de impostos sobre combustíveis, medidas que, segundo ele, impactaram negativamente as finanças dos estados e municípios. “Você por outro lado deixa os governadores e prefeitos na penúria. Foi um baque terrível,” afirmou.

    Outro destaque da entrevista foi o legado deixado por Prates, incluindo a criação de uma diretoria voltada à energia renovável e o início da transição energética da Petrobras. Ele reforçou que a estatal precisava passar por uma "metamorfose energética" para se adaptar a um cenário cada vez mais voltado às energias limpas: "A Petrobras faz uma metamorfose energética", disse Prates, evidenciando a transformação que a empresa precisaria enfrentar para se manter competitiva no futuro. Com uma visão clara e ambiciosa, Jean Paul Prates demonstrou otimismo quanto ao papel do Brasil e da Petrobras no cenário global de energias renováveis, destacando o potencial do país em liderar essa transição. Assista:

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