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    Petrobras pede que ANP prorroge prazo para explorar Margem Equatorial devido a atraso do Ibama

    'Bloco foi adquirido em 2013 e tivemos que fazer as renovações. A ANP acatou a solicitação e houve a suspensão (do prazo)', disse Sylvia dos Anjos

    Sede da Petrobras (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)

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    247 - A Petrobras solicitou à Agência Nacional de Petróleo (ANP) a suspensão do prazo para explorar a Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, devido à demora na obtenção da licença ambiental do Ibama. A informação, segundo o jornal O Globo, foi confirmada por executivos da estatal durante um café da manhã com jornalistas na sede da empresa, no Centro do Rio de Janeiro.

    Sylvia dos Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras, explicou que a empresa entrou com o pedido de prorrogação do prazo exploratório em agosto. "Pedimos a postergação porque ainda não conseguimos a licença. Esse bloco foi adquirido em 2013 e tivemos que fazer as renovações do pedido. A ANP acatou a solicitação e houve a suspensão (do prazo para explorar)", afirmou.

    A executiva ressaltou que o objetivo principal da empresa é a busca por novas reservas. "Estamos em busca de reservas. No poço da Margem Equatorial (na Bacia da Foz do Amazonas, que depende do aval do Ibama), já poderíamos ter uma avaliação da região. Estou confiante de que agora conseguiremos a licença, porque não há mais nenhum argumento", declarou Sylvia.

    O projeto de exploração na Bacia da Foz do Amazonas tem enfrentado obstáculos ambientais. O poço em questão está localizado a 175 quilômetros da costa do Amapá e a mais de 500 quilômetros de distância da foz do rio Amazonas. Em 2023, o Ibama negou a licença para a perfuração, mas a Petrobras recorreu da decisão e aguarda uma resposta final.

    Clarice Coppetti, diretora de Assuntos Corporativos da Petrobras, mostrou-se otimista quanto a um desfecho positivo ainda este ano. "Apresentamos uma proposta no dia 2 de agosto para uma nova base de fauna em Oiapoque, que será montada em janeiro de 2025, e está em análise no Ibama. Todos os pontos foram respondidos. Fechamos todos os itens levantados pelo próprio Ibama. Esperamos que, em 2024, tenhamos um retorno da equipe técnica", explicou.

    A Petrobras argumenta que já possui experiência na exploração da Margem Equatorial, tendo perfurado diversos poços na região, que se estende da costa do Amapá ao Rio Grande do Norte, sem registrar problemas significativos. Esta experiência, segundo a empresa, deveria ser considerada na avaliação do novo projeto.

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