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      Petrobrás tem margem de lucro seis vezes maior do que concorrentes e suga renda dos brasileiros desde o golpe de 2016

      Golpe contra Dilma teve como finalidade transferir renda dos brasileiros para os acionistas privados da Petrobrás

      Dilma Rousseff, Jair Bolsonaro e Michel Temer (Foto: Agência Brasil | Reuters | Reprodução/Facebook | PR)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Desde o golpe de Estado de 2016, que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a Petrobrás, sob os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), vem sugando a renda dos brasileiros com o objetivo de enriquecer ainda mais os acionistas privados da companhia.

      Levantamento da empresa de informações financeiras Economatica, encomendado pelo UOL, mostra que o lucro líquido da Petrobrás chega a ser seis vezes maior do que o das concorrentes internacionais. Enquanto os brasileiros pagam preços exorbitantes pelos combustíveis nas bombas, a Petrobrás também figura na frente no ranking de repasses para acionistas.

      A Petrobrás lucrou no primeiro trimestre de 2022 R$ 44,5 bilhões. Uma alta de 3.608% em relação ao mesmo período de 2021. A margem líquida (resultado da divisão do lucro líquido pela receita líquida) da empresa brasileira foi de 31,6%, enquanto as concorrentes tiveram no máximo 11,5%. Em relação à PetroChina, com margem líquida de 5,6%, o resultado da Petrobrás é quase seis vezes maior. 

      Segundo o professor de economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e pesquisador do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Eduardo Costa Pinto, ouvido pelo UOL, a Petrobrás é a petrolífera que mais distribui dividendos a seus acionistas.

      No primeiro trimeste deste ano, a companhia distribuiu US$ 10,2 bilhões. A média das petroleiras internacionais foi de US$ 2,5 bilhões.

      De acordo com Costa Pinto, atualmente a Petrobrás lucra muito e gasta pouco, visto que os ganhos sobem mais rápido do que as despesas para a extração do petróleo do pré-sal. "Pela receita, como a Petrobrás mantém o PPI (Preço de Paridade Internacional), ela maximiza o lucro porque cobra o preço máximo possível [dos combustíveis]. E como ela faz isso? Acompanhando os níveis internacionais, com frete e imposto, e vendendo pelo preço de monopólio. Por outro lado, há uma redução dos custos ao longo dos últimos anos, principalmente na extração do petróleo. Hoje o custo está em torno de US$ 30 o barril. Portanto, com o petróleo em alta [o barril estava cotado em cerca de US$ 123 na terça-feira, 14/6], o lucro sobe".

      Os dados só reforçam que o objetivo do golpe contra Dilma Rousseff foi transferir a renda dos brasileiros para os acionistas privados da Petrobrás.

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