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    "Precisamos de valor agregado e conteúdo nacional na relação com a China", diz Uallace Moreira

    Secretário do MDIC afirmou que o Brasil deve buscar investimentos diretos que promovam o desenvolvimento

    Uallace Moreira (Foto: Marcelo.Tavares / (log filmes / Brasil 247))

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    247 – Durante o evento "Brasil e China: 50 anos de amizade", promovido pelo Brasil 247, pela TV 247 e pela Vallya, o economista Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial do MDIC, destacou a importância de agregar valor e garantir conteúdo nacional na relação econômica entre o Brasil e a China. Moreira iniciou sua fala saudando o meio de comunicação por sua resistência nos momentos difíceis e parabenizando o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, pelo esforço de reconstrução do banco após anos de desmonte e perda de instrumentos de financiamento e fomento.

    Moreira argumentou que nem todo investimento estrangeiro direto (IED) é benéfico. Investimentos que simplesmente exploram recursos naturais sem agregar valor ou transferir tecnologia podem aumentar a dependência externa e enfraquecer a indústria nacional. Ele lembrou que o projeto de neoindustrialização do governo Lula, lançado em janeiro, visa utilizar parcerias estratégicas com países como a China para desenvolver seis grandes missões: cadeias agroindustriais, complexo econômico-industrial da saúde, infraestrutura, saneamento e mobilidade, transição digital, transição energética e tecnologias para a soberania nacional. O objetivo é evitar investimentos que não contribuem para a capacidade produtiva interna, promovendo, em vez disso, um desenvolvimento industrial que gere empregos e renda.

    Moreira criticou práticas atuais em setores como data centers e energia eólica, onde os investimentos estrangeiros não compram máquinas e equipamentos nacionais, não gerando empregos ou agregando valor ao Brasil. Ele destacou o potencial do Brasil na produção de hidrogênio verde e na verticalização da indústria de energia eólica e solar, enfatizando a necessidade de políticas que promovam a produção interna e o desenvolvimento de cadeias produtivas completas.

    Ele também abordou o impacto negativo da desindustrialização nas últimas décadas e a importância de um projeto nacional de desenvolvimento que utilize o IED de maneira estratégica. Moreira destacou a importância de setores como a agroindústria, onde o Brasil ainda exporta a maior parte de seu café em estado bruto, sem agregar valor por meio do processamento interno.

    Moreira concluiu sua fala elogiando a ousadia do governo Lula em lançar a Nova Indústria Brasil, um projeto desenvolvimentista que visa promover a inovação, reduzir a desigualdade social e garantir que a indústria volte a ser protagonista do crescimento econômico no país. Ele enfatizou que o desenvolvimento econômico e a inclusão social estão intrinsecamente ligados à presença de uma indústria robusta e tecnologicamente avançada. Assista:

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