"Qualquer acionista faria isso", diz Mercadante sobre ação do governo no STF para recuperar poder de voto na Eletrobrás
“O governo está recorrendo para defender o princípio da Lei das S.A, que é um direito à representação no conselho. Isso não é ideológico”, argumentou o presidente do BNDES
247 - Presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante deu razão ao governo Lula (PT) na ação que apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para rever seu poder de voto no Conselho de Administração da Eletrobrás. A União tem 43% das ações da companhia, mas apenas um voto no Conselho de Administração.
“O governo, junto do BNDES, tem 43% das ações da Eletrobrás pós-privatização. E foi criada uma cláusula que só pode ter até 10% do conselho. Só tem um acionista que tem mais de 10%: o governo. O segundo acionista, privado, tem 5%. Então se acontecer com a Eletrobrás um apagão ou o que aconteceu com a Light, que entrou em recuperação judicial - espero que nunca aconteça -, quem é o sócio de referência? É o governo. Quem é que tem que pagar a conta? O governo, o Estado brasileiro. E por que o Estado brasileiro, que tem 43% da empresa, não tem direito à sua representação política proporcional ao peso que tem nas ações?”, questionou o presidente durante entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (15).
Mercadante ainda disse que o governo tomou a providência que qualquer acionista tomaria neste caso. “O governo está recorrendo ao Supremo para defender o princípio da Lei das S.A (Sociedades por Ações), que é um direito à representação política no conselho. Qualquer acionista faria isso. Nós temos 43% da empresa, como é que nós não participamos da gestão da empresa? Isso não é ideológico, é objetivo, material”.
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