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    Salário médio caiu 6,6% em 2018. CNI comemora queda do ‘custo do trabalho’

    Confederação Nacional da Indústria (CNI) celebrou a queda do chamado “custo do trabalho”, que totalizou 16,1% no ano passado. Em uma lista com 11 países, apenas na Argentina a retração foi maior: 27,1%

    CNI: atividade industrial segue enfraquecida (Foto: ABR)

    O salário médio caiu 6,6% em 2018, o real se desvalorizou em 10,5%  frente ao dólar e a produtividade aumentou 0,8%. Com esses resultados, a  Confederação Nacional da Indústria (CNI) celebrou a queda do chamado  “custo do trabalho”, que totalizou 16,1% no ano passado. Em uma lista  com 11 países, apenas na Argentina a retração foi maior: 27,1%. A  entidade espera que os salários continuem caindo neste ano.

    “A expectativa da CNI é que o custo unitário do trabalho efetivo  mantenha a queda neste ano, contribuindo para o aumento da  competitividade da indústria brasileira”, afirma a confederação. “Os  salários continuam em queda e a taxa de câmbio real mantém a tendência  de depreciação. No entanto, a produtividade do trabalho tem perdido  força, o que preocupa, pois é um fator importante para o crescimento  sustentado da economia brasileira.”

    O custo unitário do trabalho, denominado CUT, vai a 3,9% nos Estados  Unidos e a 1,8% no Japão, de acordo com a CNI. E aumentou nos demais  países, variando de 0,2% (França) a 3,1% (Alemanha). O indicador  equivale ao custo do trabalho, em dólar, para produzir determinado  produto.  Na Argentina, por exemplo, houve queda de 3,6% na  produtividade e de 6,9% no salário, além de uma desvalorização de 32,5%  do peso diante do dólar.

    O chamado CUT-Efetivo, que compara o custo médio nos 10 principais  parceiros comerciais, caiu 9,5% no Brasil de 2017 para 2018: a  produtividade aumentou 1,1% e os salários caíram 4,3%, com depreciação  de 4,4% no câmbio. No período 2008-2018, o CUT-Efetivo caiu 5,1%,  “apesar”, salienta a CNI, do salário médio efetivo subir 14,3%. A  entidade afirma que “o efeito negativo dos salários sobre a  competitividade” foi compensado pela depreciação do real (14,4%),  enquanto a produtividade aumentou 3%.

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