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    Sanções econômicas contra a Rússia só produzem fome e miséria, diz Dilma, na Alemanha

    "Somos, da nossa parte, contrários a qualquer política de intervenção econômica baseada em sanções", afirmou

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    247 – A ex-presidente Dilma Rousseff, vítima do golpe de estado de 2016, que teve como objetivo desviar a renda de riquezas nacionais, como o petróleo, da sociedade brasileira para acionistas privados da Petrobrás, afirmou ser completamente contra as sanções econômicas que estão sendo impostas contra a Rússia pelos países ocidentais. "Somos, da nossa parte, contrários a qualquer política de intervenção econômica baseada em sanções, até porque tal política só produziu mortes, fome e miséria. Temos dois terríveis exemplos, os 60 anos de sistemáticas sanções aplicadas contra Cuba e as recentes sanções contra a Venezuela durante uma pandemia, que provocaram danos à população daqueles países e não alteraram os seus regimes", disse ela, no Brazil Summit Europe, seminário em Berlim realizado por alunos brasileiros da Hertie School, segundo reportagem da Deutsche Welle.

    "A invasão da Ucrânia pela Rússia tem sem dúvida conseqüências econômicas e sociais sobre todos os países do mundo globalizado, mesmo que a globalização já viesse se enfraquecendo desde pelo menos a crise de 2008. As sanções fazem parte da guerra, por outros meios. E essas sanções têm o potencial de remodelar a economia mundial, trazendo as cadeias globais de fornecedores para dentro dos países ou para mais próximo de cada uma das regiões", acrescentou a ex-presidente.

    Dilma disse ainda que o Brasil é vítima de uma aliança entre neoliberalismo e neofascismo – que foi construída para executar o golpe de estado no Brasil. "A política neoliberal, junto com o neofascismo, constituem os grandes responsáveis pela catástrofe humanitária hoje existente no Brasil", afirmou Dilma. "O neoliberalismo não tem o chip da moderação, e está aliado ao autoritarismo. A derrota nas urnas e a defesa da ditadura militar colocam sempre no horizonte de Bolsonaro o questionamento do resultado das eleições e a busca por uma intervenção militar em último caso", afirmou.

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