Seguradoras estimam indenizações de R$ 1,673 bi no Rio Grande do Sul, maior valor pago por um evento climático no Brasil
Segundo a Confederação Nacional de Seguros, seguros de grandes riscos e automóveis serão os mais impactados em termos de volume de indenizações
247 - As seguradoras devem desembolsar, no mínimo, R$ 1,673 bilhões em indenizações ao Rio Grande do Sul em decorrência das enchentes recentes, segundo a Confederação Nacional de Seguros (CNSeg). O valor foi calculado com base nos sinistros já registrados, mas a expectativa é que o montante seja ainda maior, pois a maioria das pessoas afetadas ainda não acionou suas seguradoras.
"Certamente, essa será a maior indenização do setor de seguros no Brasil decorrente de um único evento de natureza climática," disse o presidente da CNSeg, Dyogo Oliveira. Para se ter uma comparação, durante a pandemia de Covid-19, o setor de seguros desembolsou cerca de R$ 7,5 bilhões.
Ainda segundo ele, "os clientes residenciais, de automóveis, de propriedades agrícolas ou corporativas ainda estão contabilizando suas perdas e não acionaram suas seguradoras. Por isso, qualquer estimativa neste momento sobre o impacto nos danos patrimoniais é precipitada".
Os seguros residenciais e habitacionais foram os mais acionados, com um total de 11.396 sinistros e R$ 239,18 milhões em indenizações. Em seguida, os seguros para automóveis registraram 8.216 acionamentos e somaram R$ 557,4 milhões.
Os seguros de grandes riscos, que cobrem empreendimentos de infraestrutura, como complexos industriais ou unidades fabris, já ultrapassam o valor de R$ 15 milhões. Seguros abaixo desse valor são classificados como empresariais. Na avaliação de Oliveira, os seguros de grandes riscos e automóveis serão os mais impactados em termos de volume de indenizações.
Ainda de acordo com Oliveira, apesar da magnitude das indenizações, a tragédia no Rio Grande do Sul não afetará a liquidez das seguradoras nem os preços futuros dos contratos de seguros. "As seguradoras possuem recursos para lidar com isso, e um evento como esse não se espera que será repetido no futuro, é completamente extraordinário, então não imagino que vá impactar as políticas das empresas ou o custo dos seguros, porque todo o sistema de regulação e reservas é feito para lidar com esse tipo de situação", destacou.
Apesar disso, ele reconheceu que eventos climáticos extremos como os ocorridos no Rio Grande do Sul tendem a se tornar cada vez mais frequentes.
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