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Sem demanda, estoque da indústria aumenta e dificulta retomada da economia

Em maio deste ano, o indicador chegou a 51,6 pontos, maior patamar em um ano – só abaixo do apurado no mesmo mês do ano passado (53,3 pontos), quando a economia foi abalada pela greve dos caminhoneiros

(Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

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247 - Ao longo de 2019, o desempenho do varejo e do setor industrial tem decepcionado e analistas já projetam um crescimento abaixo de 1% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.

Como mostra reportagem do G1, o volume de compras do varejo recua desde março, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Em junho, no último número apurado, atingiu 95,2 pontos, o nível mais baixo desde setembro do ano passado.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) mede os estoques numa escala de zero a 100. Se o indicador ultrapassa os 50 pontos, é um indício de acúmulo de estoques em relação ao que foi planejado. Em maio deste ano, o indicador chegou a 51,6 pontos, maior patamar em um ano – só abaixo do apurado no mesmo mês do ano passado (53,3 pontos), quando a economia foi abalada pela greve dos caminhoneiros.

A indústria têxtil é uma das que mais sofre com o acúmulo de peças paradas. Em maio, o nível de estoques apurado pela CNI para o setor permaneceu em 56 pontos pelo segundo mês consecutivo. Além da desaceleração da economia, o setor sofreu com o imprevisto climático: o inverno menos rigoroso deixou boa parte das roupas mais pesadas encalhadas.

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