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Sinalização de ajuste fiscal por Haddad derruba o dólar e melhora indicadores econômicos

Pacote de medidas deve ser detalhado ainda nesta semana

Fernando Haddad (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

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247 – Em um cenário de alívio para o mercado financeiro, o dólar registrou uma forte queda e a bolsa de valores brasileira subiu consideravelmente nesta segunda-feira (4), sinalizando uma melhora nos principais indicadores econômicos do país. O movimento foi impulsionado tanto por fatores internos quanto externos, conforme relatado pelo portal original da notícia. A expectativa de um pacote de medidas de ajuste fiscal, sinalizado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, gerou um otimismo no mercado, que também acompanhou de perto os desdobramentos da corrida presidencial nos Estados Unidos.

O dólar comercial fechou o dia sendo negociado a R$ 5,783, com uma queda expressiva de R$ 0,087, o que representa uma desvalorização de 1,48%. Durante todo o pregão, a moeda norte-americana operou em baixa e chegou ao valor mínimo de R$ 5,75, por volta das 13h15. Na última sexta-feira (1º), o dólar havia encerrado em R$ 5,87, alcançando seu maior valor em quatro anos e o segundo maior patamar nominal desde o Plano Real. Apesar da queda desta segunda-feira, a moeda ainda acumula uma alta de 1,31% na semana e de 19,16% no acumulado de 2024.

Paralelamente, o índice Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores B3, encerrou a sessão em alta de 1,73%, atingindo 130.515 pontos. Esse movimento foi puxado por ações de setores estratégicos, como mineradoras, bancos e empresas voltadas ao consumo doméstico, que se beneficiaram do ambiente de maior confiança no mercado.

O otimismo no Brasil foi impulsionado pela decisão de Fernando Haddad de cancelar sua viagem à Europa e pela expectativa de que o governo revele ainda nesta semana um pacote de corte de gastos obrigatórios, medida aguardada por investidores. O compromisso do governo com o ajuste fiscal tem sido visto como um sinal positivo de responsabilidade econômica e de estabilidade nas contas públicas, o que, segundo especialistas, ajuda a restaurar a confiança no país.

Externamente, a queda do dólar frente às principais moedas de mercados emergentes se deu pela diminuição nas expectativas de vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas, que acontecem nesta terça-feira (5). Além disso, a redução das taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos contribuiu para a migração de capitais para países emergentes, como o Brasil, que oferecem retornos mais atrativos em um ambiente de menores incertezas.

Para analistas do mercado, a expectativa de que Haddad apresente um plano de ajuste fiscal robusto pode consolidar um ciclo de recuperação econômica e contribuir para a manutenção da estabilidade financeira no país. Essa estratégia também vem ao encontro do compromisso do governo em reduzir o déficit fiscal, promovendo uma gestão mais equilibrada dos recursos públicos.

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