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    Taxa de juros futura vai a 15% e é a mais alta desde 2016

    Mercado coloca pressão sobre o governo eleito

    Banco Central (Foto: Divulgação)

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    247 – O mercado financeiro tem usado o argumento da incerteza para elevar a taxa de juros futura, o que coloca pressão sobre o governo eleito, de Luiz Inácio Lula da Silva. "O ambiente de incertezas no mercado se agravou e a indefinição sobre os rumos da política fiscal se refletiu diretamente no comportamento dos juros futuros, que saltaram aos níveis mais altos desde 2016. O ambiente ainda bastante nublado em relação aos detalhes da PEC da Transição, como o prazo para os gastos fora do teto e o valor total do 'waiver' (licença), leva o mercado a colocar no preço a chance de que o Banco Central volte a elevar a Selic, que alcançaria o nível de 15% no primeiro semestre de 2023", aponta reportagem de Victor Rezende e Gabriel Roca, no Valor Econômico.

    “De todos, o mercado de juros é o que está sofrendo mais. O que pesa nos juros, de uma maneira até desproporcional em relação aos outros, é a incerteza com o pacote fiscal e, adicionalmente, as incertezas de política econômica de longo prazo. O peso é maior na renda fixa porque existe uma certa percepção de que, em um cenário em que ocorre um desarranjo fiscal, a única ferramenta disponível para se contrapor a uma turbulência maior seria a taxa de juros”, afirma o diretor de investimentos da Western Asset no Brasil, Paulo Clini, ouvido na reportagem.

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