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    Venda de eletroeletrônicos salta 29%; setor atribui a melhoria na condução econômica

    Resultado obtido pelo segmento está atrelado ao crescimento de 3,4% da economia no ano passado

    Loja de eletroeletrônicos (Foto: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
    Luis Mauro Filho avatar
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    Priscila Lobregatte - Vermelho - A indústria de eletroeletrônicos teve, em 2024, seu melhor desempenho em uma década, com a venda de mais de 117 milhões de aparelhos no varejo, aumento de 29% em relação a 2023. Os dados reforçam o momento positivo vivido pela economia brasileira.

    As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (17) por representante do setor em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. Da parte dos fabricantes, esteve presente Jorge Nascimento, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).

    Conforme destacou Alckmin, o resultado obtido pelo segmento está atrelado ao crescimento de 3,4% da economia no ano passado, assim como ao aumento real dos salários e às políticas de estímulo à indústria brasileira.

    “Isso reflete, de um lado, a melhora de renda da população; o emprego cresceu, a massa salarial cresceu; e a política industrial, a Nova Indústria Brasil, Depreciação Acelerada para trocar máquinas. É um setor que pode crescer mais ainda com data centers”, salientou o vice-presidente.

    De acordo com os dados apresentados, o segmento de ar-condicionado foi o que teve maior salto, 38%, reflexo da alta nas temperaturas. A produção atingiu 5,8 milhões de unidades, superando as 4,2 milhões do ano anterior.

    A linha de aparelhos portáteis — como cafeteiras e secadores — teve um crescimento de 33% nas vendas, comercializando 80,8 milhões de equipamentos em 2024, 19,8 milhões a mais do que em 2023.

    Já as vendas de aparelhos da linha branca — da qual fazem parte fogões, máquinas de lavar e geladeiras — cresceram 17%, passando de 13,3 milhões, em 2023, para 15,6 milhões no ano passado.

    Outro segmento que registrou avanço foi o da chamada linha marrom, composto principalmente por televisores e equipamentos de áudio, com aumento de 22% em relação a 2023, o que significou a comercialização de 13,4 milhões de unidades, ante 10,9 milhões no ano anterior.

    De acordo com Jorge Nascimento, da Eletros, o resultado alcançado está diretamente ligado a fatores relacionados à condução econômica por parte do governo. “Tivemos um aumento na geração de empregos, um controle da inflação muito maior e uma redução da taxa de juros no primeiro semestre do ano passado”, declarou.

    Ele completou dizendo que esse cenário “impacta na aquisição dos produtos, porque eles são comprados principalmente parcelados, e quando a população vê que a parcela cabe no bolso, ela se sente estimulada a adquirir esses produtos”. Nesse sentido, Nascimento também destacou a importância do programa Desenrola, que possibilitou a parte da população saldar suas dívidas e voltar a consumir.

    Na esteira desse desempenho positivo, o setor estima um crescimento entre 5% e 10% para 2025. Até 2027, a Eletros estima em R$ 5 bilhões os investimentos para novos negócios de eletrodomésticos e eletroeletrônicos e a ampliação de indústrias.

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