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    Warde: Brasil deve se espelhar no modelo chinês para coordenar projetos de desenvolvimento

    Advogado e presidente do IREE participou do evento "Brasil e China: 50 anos de amizade"

    Walfroido Warde (Foto: Marcelo Tavares (Log Produções & Filmes) / Brasil 247)

    247 - O presidente do IREE (Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa), Walfrido Warde, elogiou nesta quinta-feira (1) o modelo de desenvolvimento da China nas últimas décadas, que, segundo ele, se deu a partir de uma forte coordenação estatal dos fatores de produção.

    O advogado afirmou durante o painel do evento especial realizado pelo Brasil 247, pela TV 247 e pela Vallya, com apoio do IREE, para comemorar os 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China, que o Brasil deve espelhar-se nesse modelo e alterar a forma como o Orçamento estatal é gerenciado.

    "A experiência de desenvolvimento pujante da China e a estruturação de sua sociedade a partir disso não se deu sem uma forte coordenação estatal da economia. O Estado chinês tem coordenado os fatores de produção, as relações econômicas e a organização empresarial de maneira muito eficiente", disse.

    Warde também criticou a tendência observada nos últimos anos no Brasil de apropriação do Orçamento pelo Congresso Nacional, que não necessariamente utiliza recursos em prol de um projeto de desenvolvimento nacional. 

    "Para fazê-lo é necessário conceber políticas públicas de maneira adequada com estrategistas que pensem, convertendo-as em ações governamentais que não podem deixar de lado recursos orçamentários. É importante refletirmos sobre as dificuldades que vemos no Brasil pelo modelo de apropriação orçamentária", disse. 

    Nesse sentido, Warde defendeu que o Executivo deve ter o papel predominante na execução do Orçamento. "Devemos ter à disposição do presidente Lula e do Executivo os recursos orçamentários que a partir de 2015 foram apropriados pelo Parlamento brasileiro, o que atribuiu um terço do orçamento livre do Brasil ao Congresso, que não necessariamente está compassado com as políticas do governo competente para desenvolvê-las, indispensáveis para o Estado brasileiro coordenar a economia e desenvolver o país, a exemplo do que fez a China desde Deng Xiaoping", afirmou.

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