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    XP: crescimento sólido do 4º trimestre pode levar o PIB a crescer acima de 3,5% em 2024

    Economia brasileira não dá sinais de desaceleração: dados mostram mercado de trabalho aquecido, aumento de salários e o menor desemprego desde 2012

    Fernando Haddad e Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

    247 - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou crescimento de 0,1% em outubro na comparação com setembro, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (13). O resultado superou as projeções do mercado, que esperavam uma queda de 0,2%, e reforçou as expectativas de um crescimento robusto para a economia brasileira no quarto trimestre de 2024.

    Rodolfo Margato, economista da XP, comentou os resultados do IBC-Br de outubro, destacando sua importância para as projeções econômicas do país. “A proxy mensal do PIB calculada pelo Banco Central (IBC-Br) subiu 0,1% em outubro contra setembro, em linha com a nossa expectativa (0,2%) e melhor do que a mediana de projeções do mercado, que apontava para uma queda de 0,2% na margem”, explicou.

    Margato ressaltou ainda que, apesar da base de comparação elevada deixada pelo IBC-Br de setembro, que havia registrado uma expansão de 0,9%, o índice surpreendeu positivamente. “Em nossa avaliação, o IBC-Br saltou 7,3% em comparação a outubro de 2023, perto da nossa projeção de 7,2% e acima da expectativa do mercado de 6,4%. Ou seja, forte desempenho do indicador na comparação com o mesmo período do ano passado".

    Segundo o economista, os dados confirmam uma tendência de crescimento firme no último trimestre de 2024. “Nossa estimativa para o PIB do quarto trimestre indica expansão de 0,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2024 (e aumento de 4,4% quando comparado ao último trimestre do ano passado)".

    A XP projeta um crescimento do PIB de 3,5% para 2024, com viés altista. “Com os dados fortes da atividade econômica em outubro, talvez o PIB cresça um pouco acima de 3,5% este ano”, afirmou Margato.

    O economista também destacou a ausência de sinais de desaceleração na economia doméstica, impulsionada por um mercado de trabalho aquecido e expansão do crédito. “Os últimos dados mostraram o mercado de trabalho aquecido, com a taxa de desemprego nos menores níveis desde 2012 e aumento real dos salários. Também observamos expansão do crédito e os dados de consumo de bens e de serviços ainda bastante sólidos".

    Com as vendas no comércio varejista e as receitas do setor de serviços registrando resultados acima do esperado em outubro, o cenário econômico para o Brasil continua positivo. “O IBC-Br fecha esse conjunto de dados de outubro e aponta para firme desempenho da atividade doméstica do PIB no último trimestre deste ano. Há um viés positivo para as projeções de atividade econômica no curto prazo".

    Se essa tendência se mantiver, o Brasil pode registrar um crescimento econômico acima das expectativas iniciais para 2024, consolidando um cenário de recuperação e aquecimento econômico.

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