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    Brasil Mais Produtivo avança e transforma pequenas empresas em "fábricas inteligentes"

    Programa do governo visa aumentar a produtividade de MPEs industriais por meio da digitalização e da adoção de tecnologias da Indústria 4.0

    Indústria (Foto: Reuters/Jorge Adorno)

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    247 - O programa Brasil Mais Produtivo (B+P) inicia uma nova fase focada na transformação digital de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) industriais. Alinhado à Missão 4 da Nova Indústria Brasil, o projeto será oficialmente lançado nesta segunda-feira (23), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em evento que contará com a presença do presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), além de empresários e autoridades. O principal objetivo é aumentar a produtividade dessas empresas por meio da implementação de tecnologias digitais avançadas.

    Para Alckmin, "o Brasil Mais Produtivo vai fazer diferença. Primeiro, porque trabalha com micro, pequenas e médias empresas, que são a maioria das empresas brasileiras e as que mais precisam. Depois, porque ele promove a transformação digital, o aumento de produtividade e a conquista de mercados e de boas parcerias". A iniciativa visa beneficiar mais de 8,4 mil MPMEs por meio de 360 projetos de inovação, com um aporte financeiro de R$ 160 milhões, em uma parceria entre a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

    O Brasil Mais Produtivo tem como foco transformar essas empresas em "fábricas inteligentes" através da implementação de tecnologias da Indústria 4.0, como Internet das Coisas (IoT), Big Data, inteligência artificial, impressão 3D e computação em nuvem. Esses recursos permitirão a digitalização das linhas de produção, o que trará melhorias significativas na eficiência e competitividade das MPMEs.

    Apoio técnico e financiamento

    Cada projeto aprovado receberá suporte técnico e financeiro, com envolvimento direto de parceiros como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Além disso, as empresas participantes terão a oportunidade de capacitar seus funcionários por meio de cursos de pós-graduação focados em transformação digital, com descontos especiais oferecidos pelo SENAI.

    Outro ponto de destaque desta etapa é o lançamento de uma linha de consultorias em transformação digital, direcionada às empresas de médio porte, com 70% do custo subsidiado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Utilizando a ferramenta SIRI (Smart Industry Readiness Index), as consultorias começarão a ser oferecidas ainda em 2024 e devem beneficiar cerca de 1,2 mil empresas até 2027, com avaliações detalhadas da maturidade digital das participantes.

    Incentivos e impacto nas empresas

    O programa visa reduzir as desigualdades tecnológicas entre as grandes corporações e as MPMEs, proporcionando a essas últimas o acesso a tecnologias que já são amplamente utilizadas por empresas maiores. Com essa aproximação, a expectativa é que pequenas e médias empresas possam competir em pé de igualdade no mercado, além de contribuir para a criação de novos postos de trabalho especializados e para o desenvolvimento de novas tecnologias no país.

    Os participantes do programa terão acesso facilitado a linhas de financiamento com condições especiais, fornecidas pelo BNDES e pela FINEP, o que possibilitará a implementação de soluções digitais de maneira mais acessível. Além disso, a digitalização das indústrias promoverá um ambiente mais equilibrado, gerando uma economia mais inclusiva e fortalecendo a competitividade da indústria nacional.

    Parcerias estratégicas

    Coordenado pelo MDIC, o Brasil Mais Produtivo reúne uma série de parceiros estratégicos, como o BNDES, FINEP, Embrapii, ABDI, Sebrae e Senai. O programa integra a Nova Indústria Brasil, uma política industrial lançada em janeiro de 2024 com a ambição de transformar cerca de 200 mil indústrias brasileiras até 2027, das quais 93 mil receberão atendimentos presenciais.

    Com um investimento total de mais de R$ 2 bilhões, a expectativa é que o Brasil Mais Produtivo se consolide como uma das principais políticas de fomento à inovação e à digitalização no país, ampliando a competitividade das MPMEs e posicionando o Brasil em um patamar mais elevado no cenário industrial global.

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