Consumidores buscam fantasias sustentáveis e impulsionam pequenos negócios no Carnaval
Uso de tecidos reciclados e materiais biodegradáveis cresce entre empreendedores que apostam em alternativas ecológicas para a folia sem perder o brilho
247 - A busca por um Carnaval mais sustentável tem influenciado os hábitos de consumo dos brasileiros, impulsionando pequenos empreendedores a investir em soluções ecológicas. Segundo dados do setor de Inteligência de Mercado do Sebrae, os consumidores estão cada vez mais atentos à origem dos produtos que utilizam, estendendo essa preocupação ambiental até mesmo para fantasias e adereços carnavalescos.
A análise do Sebrae revela que a consciência ambiental não se restringe a práticas como o consumo consciente de energia e a reutilização da água, mas também abrange escolhas relacionadas ao lazer e à diversão. Nesse cenário, cresce a demanda por produtos que unem criatividade e responsabilidade ambiental, abrindo espaço para iniciativas baseadas em tecidos reciclados, materiais biodegradáveis e processos de reaproveitamento de resíduos.
Um exemplo dessa tendência é a Basha, negócio fundado por Giselle Ondeza em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. A empresa produz fantasias e acessórios a partir de restos de tecidos, contribuindo para a redução de impactos ambientais. “A cada 1 kg de poliéster reutilizado, pode-se evitar até 9 kg de emissões de CO₂”, explica Giselle. Poliéster, nylon e acrílico são as principais matérias-primas que alimentam seu processo de criação. “Com esse material, produzo tiaras, brincos, fantasias, customizações e leques voltados para a folia. No pós-Carnaval, meu negócio continua funcionando, mas invisto em outras coleções, como figurinos e acessórios variados: brincos, colares, cintos, bolsas e customizações com um upcycling de moda circular”, detalha a empreendedora.
Atuando há quase oito anos no mercado, a Basha já expandiu suas vendas para Angola e Portugal. “Quando a demanda cresce, tenho parceiras em situação de vulnerabilidade que trabalham comigo”, conta Giselle, ressaltando o impacto social de sua iniciativa. Ela acredita que o crescimento do consumo consciente tem sido impulsionado pelos pequenos negócios. “As pessoas têm tido mais esse tipo de consciência ao consumir produtos sustentáveis, vindos dos micro e pequenos empreendedores. Eles têm ensinado aos seus clientes sobre a importância da sustentabilidade”, afirma.
A valorização de materiais reutilizados e processos mais ecológicos reforça o papel dos pequenos empreendimentos na mudança de comportamento dos consumidores. Com criatividade e inovação, essas iniciativas mostram que é possível aproveitar a festa sem abrir mão da responsabilidade ambiental.
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