Gastrônoma cria confeitaria inclusiva após ter mãe com doença celíaca
Adaptando receitas tradicionais para atender às necessidades alimentares de sua mãe celíaca, Amanda Muniz percebeu uma oportunidade de mercado
Beatriz Bevilaqua, 247 – A pandemia não apenas alterou nossas rotinas, mas também transformou nossas preferências alimentares. Segundo o Sebrae, houve uma explosão de 98% no consumo de produtos vegetarianos, sem glúten e orgânicos nos últimos anos, e a tendência é que essa demanda continue a crescer 14% até 2027.
No episódio desta semana no “Empreender Brasil”, da TV 247, recebemos a gastrônoma Amanda Muniz, cuja paixão pela culinária a levou a criar algo verdadeiramente inovador. Adaptando receitas tradicionais para atender às necessidades alimentares de sua mãe celíaca, Amanda percebeu uma oportunidade de mercado. O resultado? A fundação da Amandine, uma confeitaria que não só oferece doces e salgados isentos de glúten, açúcar e lactose, mas também uma linha exclusiva de produtos veganos.
“Aos 15 anos, eu já fazia receitas familiares e levava o bolo para todos os aniversários de familiares e amigos. Conversei com meus pais, disse que queria seguir a carreira de gastronomia e recebi o apoio deles. Fiz vários cursos no Senac para aprender o básico e depois tive uma vivência fora do país. Naquela época, eu não tinha a paciência que tenho hoje na cozinha; agora, passo horas testando novos sabores. Com o tempo, minha paixão pela culinária só aumentou.”
Durante a pandemia, enquanto estava desempregada e lidava com o diagnóstico de doença celíaca da mãe, que estava se alimentando cada vez menos, Amanda decidiu adaptar receitas caseiras. Ela também começou a vender os produtos para a vizinhança e o boca a boca fez com que a demanda crescesse. Pouco tempo depois, a jovem abriu uma pequena lojinha, e hoje já possui duas lojas físicas de porte médio nas regiões centrais de São José dos Campos.
“Empreender é um caminho extremamente incerto e exige muita resiliência em um mercado tão volátil. Eu já pensei em desistir diversas vezes, mas, à medida que ganhei clareza sobre minhas ideias e objetivos, encontrei mais força para continuar. Acreditar no que você faz transforma os obstáculos em degraus para o crescimento. Para lidar com os desafios diários, li muitos livros de empreendedorismo feminino e também comecei a fazer psicoterapia para o gerenciamento das minhas próprias emoções e expectativas do negócio”, disse Amanda.
Sua jornada é um exemplo inspirador de como transformar desafios pessoais em empreendimentos de sucesso, respondendo a uma crescente demanda por opções alimentares saudáveis e inclusivas.
Assista a entrevista na íntegra:
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