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      Micro e pequenas empresas ampliam participação no mercado livre de energia elétrica

      Com novas regras em vigor, mais de 26,8 mil consumidores migraram para o mercado livre em 2024, impulsionando economia de até 35% nos contratos de compra

      (Foto: Agência Brasil )
      Aquiles Lins avatar
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      247 - As micro e pequenas empresas estão desempenhando um papel essencial no crescimento do Mercado Livre de Energia Elétrica, também conhecido como Ambiente de Contratação Livre (ACL). De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), somente em 2024, mais de 26,8 mil novos consumidores passaram a operar nesse modelo, conectando-se à rede de alta tensão. Esse movimento representa um salto de 263% em relação ao ano anterior, sendo puxado principalmente pelos setores de comércio e serviços.

      A abertura do mercado, impulsionada pela Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia, entrou em vigor no início deste ano e permitiu que consumidores com carga igual ou superior a 2,3 kW — equivalente a gastos acima de R$ 10 mil mensais com energia — pudessem escolher seu fornecedor. Com a possibilidade de negociação direta, os novos contratos têm gerado uma economia de 20% a 35% para as empresas que aderem ao modelo. Apenas nos primeiros dois meses de 2024, cerca de 5,4 mil migrações foram registradas, um crescimento de 41% no período.

      Apesar das vantagens, a decisão de migração exige planejamento e conhecimento sobre as opções disponíveis. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) tem atuado na capacitação desses empreendedores, oferecendo a Jornada Custo, Consumo & Geração, que orienta sobre estratégias de redução de custos e geração de energia.

      "A gestão energética dos pequenos negócios possibilita não apenas a diminuição das despesas, mas também o aumento da competitividade e a redução dos impactos ambientais", destaca Juliana Borges, analista de Competitividade da Indústria do Sebrae. Segundo ela, os pequenos negócios que ingressam no mercado livre podem reduzir até 44% dos seus custos com energia. Já aqueles que optam pela geração própria, como a instalação de painéis solares, podem alcançar até 80% de economia, desde que realizem os investimentos necessários.

      Outra alternativa viável para quem busca redução de custos sem grandes investimentos iniciais é a assinatura de energia, que pode proporcionar até 24% de economia. “Tudo depende do perfil da empresa. Por isso, o Sebrae já auxiliou mais de 900 pequenos negócios nessa decisão apenas em 2024”, afirma Juliana.

      Além do atendimento individualizado, a Jornada Custo, Consumo & Geração do Sebrae disponibiliza ferramentas como análise da fatura energética, inventário de consumo e um mapeamento personalizado das oportunidades mais adequadas para cada empresa. Entre as opções avaliadas, estão a adesão à Tarifa Branca, a assinatura de energia, a migração para o mercado livre ou a geração própria por meio de fontes renováveis.

      Com a ampliação do mercado livre de energia e o crescente interesse dos pequenos negócios, especialistas apontam que a tendência é de maior democratização no acesso a contratos mais vantajosos, fortalecendo a competitividade das empresas e incentivando práticas mais sustentáveis no setor energético.

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