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"A eleição europeia marcou a derrota do Ocidente na guerra da Ucrânia", diz Pepe Escobar

Na visão do correspondente internacional, Emmanuel Macron sai como o grande derrotado das eleições para o Parlamento Europeu. Assista na TV 247

Emmanuel Macron, Pepe Escobar e Marine Le Pen (Foto: REUTERS/Stephane Mahe | REUTERS/Albert Gea | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

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247 – O jornalista Pepe Escobar discutiu, em entrevista à TV 247, os resultados das recentes eleições europeias e suas implicações para a guerra na Ucrânia e a União Europeia. As eleições mostraram um fortalecimento significativo da extrema-direita em diversos países, incluindo a França, e levantaram questões sobre o futuro político do presidente Emmanuel Macron. 

Escobar destacou que “a eleição europeia é uma clara derrota da guerra na Ucrânia”, referindo-se à crescente insatisfação com as políticas pró-guerra dos líderes europeus. Ele previu que Macron será o grande derrotado das eleições parlamentares que ele próprio convocou em resposta ao revés eleitoral no Parlamento Europeu. O presidente francês dissolveu a Assembleia Nacional e convocou novas eleições para os dias 30 de junho e 7 de julho, na tentativa de restabelecer sua autoridade.

Segundo Escobar, Macron “deve perder a maioria na Assembleia Nacional” e “tudo indica que o primeiro-ministro será o Jordan Bardella”, líder do partido de extrema-direita Rassemblement National. Ele previu “a implosão da França” e afirmou que “as instruções para Macron vêm direto da família Rothschild e dos donos do poder”. Escobar criticou a posição de Macron, dizendo que ele “já é um pato manco e será responsabilizado pela debacle da geopolítica e da economia francesa”.

O jornalista também comentou a percepção pública na Europa, observando que “o europeu médio não compra mais o discurso europeu e pró-guerra”. Esta declaração reflete o aumento do custo de vida, preocupações com a migração e o impacto econômico da guerra na Ucrânia, que contribuíram para o fortalecimento da extrema-direita.

Escobar também abordou a inevitabilidade do caminho para um mundo multipolar, embora tenha destacado que será um processo longo e espinhoso, conforme afirmado pelo chanceler russo Sergei Lavrov. Ele mencionou que uma das possíveis saídas seria a formação de uma aliança militar do Sul Global.

Além disso, Escobar comentou que a Rússia está trabalhando em planos quinquenais de desenvolvimento, enfatizando que o "Império" (em referência aos Estados Unidos e seus aliados) jamais aceitará sua derrota, o que, segundo ele, torna todos reféns de sua "demência". Ele alertou que estamos “à beira de um conflito vulcânico”. Assista na TV 247: 

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