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    "A extrema direita faz a luta política ideológica diuturnamente", aponta Breno Altman sobre a estratégia conservadora no Brasil

    Jornalista critica falta de identidade clara da esquerda e analisa sucesso da extrema direita nas capitais e grandes centros urbanos nas eleições de 2024

    (Foto: Brasil247)

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    247 - Em uma análise das eleições municipais de 2024, o jornalista Breno Altman destacou a força crescente da extrema direita nas capitais e grandes centros urbanos do Brasil, atribuindo esse avanço a uma estratégia política mais engajada e ideológica. Durante sua entrevista ao programa Bom Dia 247, Altman comparou a atuação das forças conservadoras com a falta de mobilização da esquerda, apontando que essa diferença tem impactado os resultados eleitorais de maneira expressiva.

    "A extrema direita faz a luta política ideológica diuturnamente, forma opinião pública conservadora, e a esquerda está apequenada nessa disputa", afirmou Altman. Segundo ele, o movimento conservador tem uma identidade clara e unificada, o que facilita a mobilização de sua base e o engajamento em pautas que ressoam com seus eleitores. "Quem concorda com os pontos de vista da extrema direita rapidamente sabe com o que está se associando", completou.

    Para o jornalista, a falta de uma identidade forte e territorializada na esquerda é um dos principais problemas. Ele criticou o fato de o PT e outros partidos progressistas terem se distanciado de suas bases populares e estarem focando em alianças que diluem a mensagem original de transformação social. "A identidade de esquerda no Brasil está se dissolvendo; virou uma identidade democrática, mas a defesa da democracia não é um valor exclusivo de esquerda", argumentou.

    Altman ressaltou que, ao contrário da extrema direita, que ocupa os espaços nos bairros e nas periferias por meio de redes de influência como as igrejas evangélicas, a esquerda está ausente do cotidiano popular. "Hoje, temos uma esquerda desterritorializada; quem está nos bairros no dia a dia são as igrejas evangélicas, que constituem um dos bastiões da extrema direita", criticou.

    O jornalista concluiu que, para a esquerda recuperar seu espaço, é necessário um repensar profundo de sua estratégia. Ele defendeu que o PT e seus aliados adotem uma postura mais clara e ideológica, que reconecte o partido com suas raízes populares e apresente um projeto alternativo e transformador, em oposição ao discurso conservador que tem ganhado força nos grandes centros urbanos do país. Assista: 

     

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