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    “A liberdade de expressão do Twitter é na verdade liberdade de quem tem mais dinheiro”, afirma pesquisador

    Pesquisador Fabio Malini analisa embate entre Elon Musk e Alexandre de Moraes em entrevista ao Brasil Agora

    Fabio Malini | X (Foto: Reprodução/TV 247 | Reuters )

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    247 - O programa Brasil Agora, da TV 247, recebeu o pesquisador e analista de redes Fabio Malini, do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic), do Departamento de Comunicação Social da UFES, para uma análise sobre o embate entre Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Malini trouxe reflexões sobre a dinâmica da liberdade de expressão e sua relação com o poder econômico nas redes sociais.

    Em suas declarações, Malini destacou a associação de Elon Musk à "direita mais trumpista", ressaltando como essa conexão influencia o debate sobre liberdade de expressão. Ele apontou para uma contradição na defesa abstrata da liberdade de expressão, quando na prática esta é regulada pela capacidade financeira dos usuários: "Não faz muito sentido defender uma liberdade de expressão abstrata se no plano real essa liberdade é completamente regulada por quem tem mais dinheiro para poder comunicar-se para poder falar", enfatizou o pesquisador.

    Sobre as alegações de Musk de que o Brasil estaria vivendo em uma ditadura, Malini destacou a incoerência dessas afirmações frente à realidade da plataforma Twitter, na qual o próprio Musk é proprietário. Ele argumentou que a plataforma fomenta debates contínuos, incluindo vozes do campo bolsonarista que reivindicam a tese de uma ditadura judicial brasileira.

    Malini também ressaltou o papel pioneiro do Brasil na construção de instrumentos jurídicos de regulação da internet, como o Marco Civil da Internet. Ele observou que o debate em torno da regulação das plataformas digitais não é novo e que o próprio Marco Civil enfrentou campanhas de descredibilização semelhantes às atuais, mas enfatizou a importância da regulação para garantir responsabilização e transparência das plataformas.

    Ao concluir, o pesquisador apontou o fechamento do acesso aos dados pelo Twitter como uma contradição em relação às acusações de censura.

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